quarta-feira, 30 de março de 2011

DOIS HOMENS SÃO BALEADOS NA FAZENDA GRANDE DO RETIRO

30.03.2011 - Dois homens são baleados na Fazenda Grande do Retiro

A 4ª Delegacia (São Caetano) investiga o caso. A autoria do crime ainda é ignorada
Redação CORREIO

Dois homens foram baleados na noite desta quarta-feira (30) na Ladeira do Peru, no bairro de Fazenda Grande do Retiro. Segundo informações da Central de Polícia, Nilvado Barbosa dos Santos, de 43 anos, foi baleado no joelho esquerdo, e Mariedson Tarssos Gomes, de idada ignorada, foi atingido no abdômen.
Ainda segundo a polícia, as vítimas forão socorridas para o Hospital Ernesto Simões Filho, onde continuam internados. A 4ª Delegacia (São Caetano) investiga o caso. A autoria do crime ainda é ignorada.
http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-1/artigo/dois-homens-sao-baleados-na-fazenda-grande-do-retiro/

HOMEM EXECUTADO A TIROS EM TRANSVERSAL DA SAN MARTIN FRONTEIRA SUDOESTE DA FAZENDA GRANDE DO RETIRO

30/03/2011 - Homem é executado a tiros em transversal da Avenida San Martin
Joel Mendes da Silva, 30, teria sido executado a tiros por volta das 2h da manhã
A Tarde On Line - Arestides Baptista / Ag. A Tarde


Um rapaz foi morto a tiros na madrugada desta quarta-feira, 30, em uma rua transversal à Avenida San Martin, no Largo do Tanque, em Salvador. Joel Mendes da Silva, de 30 anos, foi executado a tiros por volta das 2h de hoje na Rua Barro Branco. Informações iniciais dão conta de que o rapaz era paraplégico.

De acordo com a delegada titular da 4ª CP (São Caetano), Rogéria Araújo, que investiga o caso, agentes da delegacia estão no local e investigam o crime. “Ainda não posso passar informações sobre o caso, mas vamos ouvir algumas pessoas ainda hoje para fazer averiguações”, explicou a titular.

A Superintendência de Telecomunicações das Polícias Civil e Militar (Stelecom), informou que o corpo do rapaz foi removido do local às 10h36.
 
http://www.atardeonline.com.br/cidades/noticia.jsf?id=5705069

terça-feira, 29 de março de 2011

O QUE É O ENCONTRO CULTURAL 1º DE MAIO

O dia 1º de maio decorre das manifestações de milhares de trabalhadores que foram às ruas reivindicar melhores condições de trabalho, entre elas, a redução da jornada de trabalho, este fato ocorreu no ano de 1886 na industrializada cidade de Chicago (Estados Unidos), mas somente durante a Segunda Internacional Socialista, ocorrida na capital francesa em 20 de junho de 1889, que ficou instituído que no dia em 1º de maio de cada ano seria comemorado o Dia Mundial do Trabalho. No Brasil somente em setembro de 1925 que esta data tornou-se oficial, após a criação de um decreto do então presidente Artur Bernardes, em vários países do mundo é feriado nacional, dedicado a festas, manifestações, passeatas, exposições e eventos reivindicatórios.
É dentro desse espírito que nos propomos refletir e debater sobre a realidade local, realizar um programação cultural composta de poesia, teatro, música, capoeira dentre outras manifestações comunitárias num evento que denominamos O ENCONTRO CULTURAL 1º DE MAIO.Participe!
E-mail: fgretiro@hotmail.com

HOMEM É MORTO A TIROS NA FAZENDA GRANDE DO RETIRO

29.03.2011 - Homem é morto a tiros na Fazenda Grande do Retiro

Ele foi atingido por volta das 17h20 e morreu no local, na Rua Mello Moraes Filho
Redação CORREIO

Um homem identificado como Luciano dos Santos, 20 anos, foi morto a tiros na tarde desta terça-feira (29), na Fazenda Grande do Retiro, em Salvador. Segundo a Central de Polícia, ele foi atingido por volta das 17h20 e morreu no local, na Rua Mello Moraes Filho.
O caso é investigado pela 4ª Delegacia de Polícia, em São Caetano. Não há informações sobre o motivo ou autoria do crime.
http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-1/artigo/homem-e-morto-a-tiros-na-fazenda-grande-do-retiro-1/

domingo, 27 de março de 2011

HOMEM É ASSASSINADO NA JAQUEIRA DO CARNEIRO FRONTEIRA SUDESTE DA FAZENDA GRANDE DO RETIRO

25.03.2011 - Homem morre com tiro na cabeça na Jaqueira do Carneiro

Carlos Eduardo Santos de Lemos, de 22 anos, deu entrada no Hospital Geral do Estado (HGE), por volta das 22h, onde já chegou morto
Redação CORREIO

Um homem morreu com um tiro na cabeça na noite desta quinta-feira (24) na Jaqueira do Carneiro, no bairro do Retiro, em Salvador. Segundo informações da Central de Polícia, Carlos Eduardo Santos de Lemos, de 22 anos, deu entrada no Hospital Geral do Estado (HGE), por volta das 22h, onde já chegou morto.
Policiais da 9ª Companhia da Polícia Militar de Pirajá, responsáveis pela área, informaram que não registraram a ocorrência. Ainda não há informações sobre a autoria do crime.
http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-1/artigo/homem-morre-com-tiro-na-cabeca-na-jaqueira-do-carneiro/

domingo, 20 de março de 2011

COMO É A RELAÇÃO DA EMPRESA GRÁFICA DA BAHIA-EGBA COM O BAIRRO DE FAZENDA GRANDE DO RETIRO NAS PALAVRAS DO DIRETOR GERAL DA EMPRESA

Em entrevista publicada 17/03/2011, no site caro gestor, cujo link está abaixo,  o Diretor Geral da Empresa gráfica da Bahia-EGBA, uma das quatro maiores imprensas oficiais do país, Luiz Gonzaga Fraga  afirma acerca da relação da Empresa com o bairro/comunidade de Fazenda Grande do Retiro o seguinte:
"A EGBA, hoje, adota uma postura de democracia total, nós ouvimos não só os funcionários como a comunidade do entorno. Estamos inseridos no contexto da Fazenda Grande do Retiro, então, não pensamos a EGBA apenas como uma empresa do Estado muito grande, e sim, como tendo a necessidade de atuar naquele bairro como um porta-voz do Governo e como um ouvidor do Governo também. Tem sido muito boa a parceria com a comunidade. Antes, existia uma briga muito grande entre as associações com seus pleitos, até justos, e o que nós fizemos foi abrir as portas da EGBA e montar conselho de entidades civis organizadas, independente da linha ideológica. Todos têm cadeira nesse conselho com direito a voto. Lá são discutidas as reivindicações da comunidade. Então, hoje a EGBA também atua nesse sentido".

Luiz Gonzaga Fraga  

http://www.carogestor.com.br/entrevistas/index.php?id=663&cat=263

PELA INSTALAÇÃO DE PONTOS COMUNITÁRIOS DE INCLUSÃO DIGITAL NA FAZENDA GRANDE DO RETIRO!

quinta-feira, 17 de março de 2011

O QUE É BAIRRO

Que Recorte Territorial Podemos Chamar de Bairro ?:
Leão Barros, Sandra A.
Arquiteta e Urbanista (Universidade Federal de Pernambuco – UFPE, Brasil, 1995), Mestre em Estruturas Ambientais Urbanas (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo – FAU.USP, Brasil, 2002). Bolsista Fapesp 1998-2000. E-mail: saglbarros@truenet.com.br


1. Os vários pontos de vista da escala Bairro
2. Conclusões
3. Notas
4. Bibliografia

Introdução

Primeiramente, as idéias aqui esboçadas fazem parte da Dissertação de Mestrado da pesquisadora, cujo tema foi este da escala bairro. (...)
O que se pretende é interpretar o conceito de bairro sobre o tripé morfológico-dimensional, político-administrativo, histórico-social e ir comparando essa escala ao longo de um eixo temporal, no qual a nomenclatura vai mudando frente a uma mesma delimitação de escala, instituída desde o princípio de ocupação dessas terras. Verificar como esse tripé está esboçado e vai se moldando a cada etapa de ocupação e desenvolvimento da cidade, ilustrando ora com imagens ora com cartografia.
E por fim, a proposta da escala bairro passa inevitavelmente pelo questionamento da identidade urbana. Pressupomos que identidade advém de identificação, de reconhecimento de caráter, de características próprias, inerentes à sua personalidade. E como definir caráter, essência urbana? Tentamos aqui a identificação por meio da escala bairro, que é ao mesmo tempo territorial e social[1], é o ponto de maior convergência entre o espaço social e o espaço geométrico, segundo Lefebvre[2]. Associada à idéia do ‘genius loci’[3], lenda romana em que se acreditava existir para cada cidade do império um genius próprio, guardião daquela urbis, presente não só nas edificações, mas também nas pessoas, no comportamento, na vida que se desenrolava ali. Genius que determinava seu caráter e sua essência, acompanhando-os do nascimento à morte

1. Os vários pontos de vista da escala Bairro

1.1. O bairro segundo dicionários e outras definições

Segundo a maioria dos dicionários, a definição de bairro recai sempre como ‘divisão territorial de uma cidade’, com algumas referências ao latim ‘barrium’ ou do árabe ‘barri’ (de fora, exterior, separado), que por sua vez de aproxima do ‘arraial’ (pequeno povoado rural), utilizado nas cidades de Minas Gerais, como se pode observar a seguir:

BAIRRO – Cada uma das partes em que se divide uma cidade.// Cada uma das divisões administrativas dos Concelhos de Lisboa e Porto, presidida por um administrador de bairro, com atribuições idênticas aos administradores de concelho nas outras terras do país. // Em geral, uma porção de território de qualquer povoação. // Do lat. “barrium”, ou do ár. “barri” (de fora, exterior). AULETE, Caldas. Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa. Lisboa: Sociedade Industrial de Tipografia, 1948, 3a ed., v. 1.

BAIRRO – Cada uma das zonas principais em que se divide uma cidade, ou uma porção de território nas proximidades de um núcleo urbano.  CORONA & LEMOS, [...]. Dicionário da Arquitetura Brasileira. São Paulo: Edart, 1972.

BAIRRO – do lat. barra, barriu, o que é separado, delimitado, trancado. 1. Cada uma das partes principais em que se localiza a população de uma cidade. 2. Porção de território de uma povoação, mais ou menos separada. 3. Arrabalde, subúrbio. GRANDE Enciclopédia Larousse Cultural. São Paulo: Nova Cultural, 1988, p. 595.

BAIRRO – 1. Cada uma das partes principais em que se divide uma cidade. 2. Porção de território de uma povoação.  3. Arraial, povoação. ENCYCLOPAEDIA Britannica do Brasil. São Paulo: Melhoramentos, 1981, p. 245.

BAIRRO – Nome que, na Zona da Mata do estado de Minas Gerais, se dá aos pequenos povoados ou arraiais dos municípios. Tem a mesma significação de comércio, comercinho, rua, etc. Informação do Dr. Mário Campos, prefeito de Araxá (1928). SOUZA, Bernardino José de. Dicionário da terra e da gente do Brasil. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1961, 5a ed., p. 23.

BAIRROS – São urbes elementares. RUBIÓ, Manuel de Solá-Morales i. Las formas de crecimiento urbano. Barcelona: Ediciones de la Universitat Politécnica de Catalunya (UPC), 1997, p. 129.

Numa pesquisa sobre o povoamento do interior do estado de São Paulo e vizinhança, o sociólogo Antônio Candido obtém uma definição interessante que relaciona o recorte físico a laços afetivos: “(...) além de determinado território, o bairro se caracteriza por um segundo elemento, o ‘sentimento de localidade’ existente nos seus moradores, e cuja formação depende não apenas da posição geográfica, mas também do intercâmbio entre as famílias e as pessoas, vestindo por assim dizer o esqueleto topográfico: - O que é bairro? – perguntei certa vez a um velho caipira, cuja resposta pronta exprime numa frase o que se vem expondo aqui: - Bairro é uma naçãozinha. – Entenda-se: a porção de terra a que os moradores têm consciência de pertencer, formando uma certa unidade diferente das outras”[4] .

Em Portugal, a definição de bairro está associada ao “lugar de freguesia de ...”, ou seja, várias freguesias formam um bairro , sendo este uma região político-administrativa espacialmente maior do que os recortes brasileiros. A cidade de Lisboa se encontra dividida em apenas 4 grandes bairros (Lisboa Oriental, Lisboa Ocidental, Bairro Alto e Bairro Baixo), que encobrem um total de 43 freguesias, cada uma devota de um santo protetor. O reconhecimento do território pelos seus habitantes é feito pela denominação das freguesias, os bairros servem apenas para funções administrativas e de controle de serviços por parte da Câmara Administrativa de Lisboa, espécie de Prefeitura local[5]. Situação que permanece até os dias de hoje.

O geógrafo Marcelo Souza em seu ensaio sobre bairro como unidade política, busca a fundo o significado da raiz do vocábulo em outras línguas. Apoiando-se no Diccionario Etimológico de la Lengua Castellana, o qual define ‘barrio’ como: “voz tomada do árabe, e que só se acha em nosso idioma, no português (bairro) e no catalão (barri). A etimologia é barr, bar, terra, campo, campo imediato a uma população. Bar, barr, barrio, continuou chamando-se esse campo mesmo depois de se haver edificado nele; e por último veio a significar ‘barrio’ uma das divisões locais ou municipais das povoações, e sobretudo das povoações grandes. Em algumas partes por ‘barrio’ se entende o mesmo que arrabalde, grupo de população situado no extremo da mesma, ou um pouco separado dela.

Embora na língua francesa a raiz etimológica seja diferente, o francês quartier designa uma realidade similar à do bairro. E também no caso francês, embora quartier e banlieue (subúrbio, periferia) não se confundam exatamente, podemos encontrar quartiers em áreas periféricas.

Já na língua inglesa a questão terminológica é mais complicada. A palavra inglesa neighbourhood parece frequentemente cobrir uma escala intermediária entre a unité de voisinage e o quartier da literatura sociológica culturalista francesa. Isto explica o porque de se enfatizar o papel do neighbourhood como uma “área de relações primárias e espontâneas”, o que não combina com o conceito francês de quartier, aproximando-se, isto sim, da unité de voisinage. No entanto, parece que a neighbourhood unit dos anglo-saxões e a unité de voisinage, à parte a analogia vocabular, não são rigorosamente idênticas, embora muitas vezes recubram a mesma escala espacial, pois a unité me afigura elástica a ponto de abarcar escalas muito pontuais (como um prédio de apartamentos), o que não seria o caso do neighbourhood. Seja como for, são as relações de tipo primário, e não as de tipo secundário como no quartier, que definem em princípio o neighbourhood.

O district, outro referencial, define-se precipuamente pelas relações de tipo secundário que se dão à sua escala. O district estará extremamente próximo do bairro, do ‘barrio’ e do quartier, variando não somente conforme o indivíduo, mas também segundo a cidade em questão. Por outro lado, talvez justamente por representar uma escala amiúde excessivamente ampla, parece que o neighbourhood, e não o district, é o recorte territorial preferencial dos ativismos anglo-saxões, o que aparentemente também denuncia seu extremado paroquialismo”[6], afirma.

1.2. Do ponto de vista morfológico-dimensional

O bairro revela, antes de tudo, uma forma física, um pedaço urbano que cresce segundo tais eixos ou tais direções, e um determinado tamanho, seu traçado segue uma lógica espaço-social. Ou seja, o bairro é uma unidade morfológica espacial e morfológica social ao mesmo tempo. Segundo Aldo Rossi: “a cidade, na sua vastidão e na sua beleza, é uma criação nascida de numerosos e diversos momentos de formação; a unidade desses momentos é a unidade urbana em seu conjunto, a possibilidade de ler a cidade com continuidade reside em seu preeminente caráter formal e espacial.

A unidade dessas partes é dada fundamentalmente pela história, pela memória que a cidade tem de si mesma. Essas áreas, essas partes, são definidas essencialmente pela sua localização: são a projeção no terreno dos fatos urbanos, a sua comensurabilidade topográfica e a sua presença, cultural e geográfica suficientemente circunscrita.

O bairro torna-se, pois, um momento, um setor da forma da cidade, intimamente ligado à sua evolução e à sua natureza, constituído por partes e à sua imagem. Para a morfologia social, o bairro é uma unidade morfológica e estrutural; é caracterizado por uma certa paisagem urbana, por um certo conteúdo social e por uma função; portanto, uma mudança num desses elementos é suficiente para alterar o limite do bairro”[7] .

Em seguida, equaciona a escala bairro como sendo a intermediária entre as 3 escalas que, segundo ele, compõem uma cidade: 
• A escala da rua, sendo os elementos fundamentais da paisagem urbana à escala da rua os imóveis de habitação, entendendo o imóvel como uma parcela cadastral em que a principal ocupação do solo é constituída por construção;
• A escala de bairro, formada por um conjunto de quarteirões com característica comuns;
• A escala da cidade, considerada como um conjunto de bairros.

A mesma leitura que será feita por Lamas, só que denominando as escalas de ‘dimensões’: 
• “Dimensão Setorial – a escala da RUA
A mais pequena unidade, ou porção de espaço urbano, com forma própria. Os elementos morfológicos identificáveis são essencialmente os edifícios, o traçado e também a árvore ou a estrutura verde, desenho do solo e o mobiliário urbano.
• Dimensão Urbana – a escala do BAIRRO

É a partir desta dimensão, ou escala, que existe verdadeiramente a área urbana, a cidade ou parte dela. Pressupõe uma estrutura de ruas, praças ou formas de escalas inferiores. Corresponde numa cidade aos bairros, às partes homogêneas identificáveis, e pode englobar a totalidade da vila, aldeia, ou da própria cidade. A esta dimensão, os elementos morfológicos terão de ser identificados com as formas à escala inferior e a análise da forma necessita do movimento e de vários percursos. São os traçados e praças, os quarteirões e monumentos, os jardins e áreas verdes, que constituem os elementos morfológicos identificáveis. Diremos também que a forma a esta escala se constitui pela adição de formas à escala inferior.

• Dimensão Territorial – a escala da CIDADE

Nesta dimensão, a forma estrutura-se através da articulação de diferentes formas à dimensão urbana, diferentes bairros ligados entre si. A forma das cidades define-se pela distribuição dos seus elementos primários ou estruturantes: o macrossistema de arruamentos e os bairros, as zonas habitacionais, centrais ou produtivas, que se articulam entre si e com o suporte geográfico”[8] .

Quanto aos dados numéricos de um bairro em si, encontrou-se referências quanto ao número de habitantes, moradias, extensão numérica e número de quadras e lotes. A maioria vêm de bairros franceses do pós-guerra, assim podemos dizer que um bairro agruparia entre 2.000 e 3.000 moradias (em torno de um centro secundário)[9] teria uma população entre 5.000 e 10.000 habitantes[10]; e uma extensão de 3 a 5 km de perímetro [11].

Sem qualquer paralelo com os bairros estudados, o princípio da grelha também quantifica a escala bairro, como se pode observar na figura 02, utilizado na implantação de 6 cidades novas ao norte de Roraima [12]. A celula mínima é o lote, de 20 a 48 lotes agregados dão lugar a um quarteirão, e um conjunto de 9 quarteirões, configuram uma unidade de vizinhança. Para chegar à escala de bairro será preciso articular quatro conjuntos de vizinhança com nove quarteirões cada. E não é só isso; quando as 36 quadras resultantes são postas juntas já se arma uma configuração hierárquica. A cada três ruas, uma se destaca por ser mais importante. Fica evidente o desenho de uma grande grelha que poderia se expandir em qualquer direção ou sobre qualquer território geofísico, bastava seguir sempre os mesmos princípios lógicos, a hierarquia e o agrupamento de escalas poderiam continuar infinitamente.

Se observarmos as figuras 03 e 04 a seguir, veremos que os bairros estudados têm extensão de alguns hectares e uma população estimada em torno de 3.000 hab. E além disso, não daria nem para quantificar o número de quadras em Apipucos, pelas próprias características dos assentamentos aliados ao perfil físico-geográfico do sítio. Mas nem por isso deixam de ser bairros, e com fortes significados e memórias urbanas. O que nos remete a idéia do tripé, ou seja, só funcionam as 3 bases juntas e entrelaçadas.

1.3. Do ponto de vista político-administrativo

O bairro corresponde à dimensão de território ideal para a reivindicação coletiva. Esta especificidade do bairro torna-o uma unidade politicamente importante. “Inegavelmente, o bairro constitui hoje a unidade urbana, a representação mais legítima da espacialidade de sua população, e não é por acaso que São Paulo conta com 900 “sociedades de moradores”, também conhecidas como “sociedade amigos do bairro”, cuja territorialidade é facilmente estabelecida”[13]. Discurso que é retomado por Souza, em sua abordagem política acerca do bairro: “ele é um referencial direto e decisivo, pois define territorialmente a base social de um ativismo, de uma organização, aglutinando grupos e por vezes classes diferentes (em níveis variáveis de acomodação ou tensão); catalisa a referência simbólica e, politicamente, o enfrentamento de uma problemática com imediata expressão espacial: insuficiência dos equipamentos de consumo coletivo, problemas habitacionais, segregação sócio-espacial, intervenções urbanísticas autoritárias, centralização da gestão territorial, massificação do bairro e deterioração da qualidade de vida urbana” [14].

No Recife, muitos engenhos viraram bairros, “na definição clássica, bairro é a denominação de cada uma das partes com que se costuma dividir uma cidade, para facilitar a orientação das pessoas e o controle administrativo dos serviços públicos, como correios, telefonia e limpeza. Os bairros, no entanto, não surgem ao acaso. Lutas e conflitos marcam a formação dessas áreas e até influenciam na escolha dos nomes. No Recife, muitos bairros têm origem nos engenhos situados às margens do rio Capibaribe. Aliás, a conquista do rio é um dos fatores mais expressivos no processo de formação e organização da cidade do Recife.

Para a secretária de Planejamento do Município, o bairro é a expressão da identidade cultural da cidade. Toda pessoa procura morar no lugar que se parece com seu modo de vida, essa é a importância do bairro”[15].

Rapoport define o bairro como um ESQUEMA SÓCIO-ESPACIAL, significativo para as pessoas que notam os limites. Estes limites, muitas vezes ruas, podem ser claros ou difusos. “O esquema – edifícios e gente – é mais claro que o fundo informal da cidade. Poderiam-se classificar em duas grandes dimensões: físicas e sociais, e os bairros existem, sobretudo, quando ambas as dimensões coincidem. Para definir um bairro, se usam por sua vez, critérios físicos e critérios sociais, com a influência, já indicada, da preferência e da seleção do habitat, já que gente análoga escolhe áreas similares reforçando o caráter social e físico das mesmas.

Quase nunca as divisões oficiais coincidem com as subjetivas. As áreas têm que distinguir-se umas das outras, as fronteiras devem ter significado, com uma vida característica em comum. As divisões políticas e as divisões planificadoras são demasiado grandes. As delimitações mais claras de áreas subjetivas têm lugar quando barreiras físicas bem definidas coincidem com os esquemas cognitivos”[16].

Na identificação de um bairro, para a maioria dos habitantes não interessa o seu limite formal, porque se já o identificam físico-cognitivamente, pouco lhes importa até onde se estendem suas linhas. Porém, limites administrativos e limites subjetivos devem coexistir. Não coincidem na imensa maioria das vezes, porém faz-se necessário que existam, caso contrário essa escala urbana não existiria de fato. Os (limites) administrativos são necessários porque é a partir deles que aquele recorte é identificado oficialmente e planejado ou assistido pelo órgão gestor; e os (limites) subjetivos fazem-se necessários porque (o módulo social é aí definido) é a partir de sua definição coletiva que a base social se instaura, as reivindicações tomam corpo e o suporte físico o faz único.

1.4. Do ponto de vista histórico-social

Lefebvre reforça a idéia que o bairro corresponde a uma escala territorial que é definida também por um módulo social, ou melhor, é onde há maior convergência entre o espaço geométrico e o espaço social , entre o quantificado e o qualificado. “O bairro seria a ‘diferença mínima’ entre os espaços sociais múltiplos e diversificados, ordenados pelas instituições e pelos centros ativos. Seria o ponto de contato mais acessível entre o espaço geométrico e o espaço social, o ponto de transição entre um e outro; a porta de entrada e saída entre espaços qualificados e espaço quantificado, o lugar de onde se faz a tradução (para e pelos usuários), dos espaços sociais (econômicos, políticos, culturais, etc.) em espaço comum, quer dizer, geométrico.

O bairro é uma unidade sociológica relativa, subordinada, que não define a realidade social, mas que é necessária. Sem bairros, igual que sem ruas, pode haver aglomeração, tecido urbano, megalópole. Mas não há cidade” [17] (grifos meus).

Poderia ser batizado também de ‘escala paroquial’ [18], já que a paróquia não só tinha uma existência religiosa, e sim também uma existência civil e política. Não existia o que chamamos ‘estado civil’; os batismos, os casamentos e os óbitos se inscreviam nos registros paroquiais; os grupos e associações se organizavam ao redor do aparato eclesiástico.

Para Carlos Nelson dos Santos, a noção de centralidade é mais importante do que o reconhecimento de limites: para os habitantes de um bairro, ele existe em função de seu centro. E esses centros correspondiam à organização das paróquias da Igreja Católica. Cada paróquia tinha seu templo e seu santo, se organizavam em torno deles e de outras facilidades como feiras e mercados. Importa mais saber em que local há maior superposição de significados do que precisar onde começa uma zona homogênea e acaba outra.

“Em tempos antigos, que precedem a descoberta do Brasil, correspondiam à organização das paróquias da Igreja Católica. Era fácil fazer distinções: cada paróquia tinha seu templo e seu santo, se organizavam em torno deles e de outras facilidades como feiras e mercados. Foi essa a tradição trazida de Portugal. Em geral, nos centros urbanos mais antigos, os bairros são mais fáceis de identificar” [19].

Outra referência vem dos burgos da Paris medieval (talvez uma das primeiras divisões da escala bairro no mundo), através dos estudos de Richard Sennett. Burgos que não tinham paredões, mas eram igualmente dotados de amplos e bem definidos direitos. Inclusive os direitos de construção, que eram vendidos (não eram vendidos os lotes, mas sim o direito de construir), pagando-se taxas à Coroa ou a Igreja. Cada burgo correspondia a uma paróquia, que tinha seu santo devoto.

“Sem paredões, mas igualmente dotado de amplos e bem definidos direitos era o ‘bourg’, o mais antigo dos quais – Saint Germain – ficava na margem esquerda do rio. Embora populoso, todas as suas terras faziam parte dos bens de quatro igrejas que compunham a paróquia; no local da maior delas, situa-se hoje a moderna Igreja de Saint-Sulpice. Um burgo não estava submetido a um controle único (...).A maioria das frações de terreno em uma cité, ou num burgo, estavam arrendadas, e, frequentemente, vendiam-se os direitos de construção. Assim, as pessoas construíam a seu bel-prazer, pagando taxas à Coroa ou à Igreja” [20].

“Na trajetória ascendente de sua função social, o estágio seguinte à da capela era sua conversão em uma capela curada, ou paróquia, ou ainda freguesia (sua denominação mais frequente no país). Esse momento é importante, pois é no âmbito das feguesias que os processos administrativos e de controle da Igreja e do Estado pela primeira vez se articulam em uma base comum.

A formação das freguesias – divisões administrativas da Igreja, e base de cobrança do dízimo – implicava na definição de seus contornos. Mas essa circunscrição eclesiástica, ao preencher também funções de ordem civil (como os registros de nascimento, de matrimônio e de óbito), converteu o ato de criação de uma freguesia simultaneamente no ato de sua vinculação formal ao sistema administrativo da Colônia. A criação de uma freguesia significava o estabelecimento de sua conexão com a ciscunscrição administrativa de uma vila já existente”. Mori, Klara Kaiser, 1996, págs. 26-27.

2. Conclusões

O bairro tem futuro? Não sei se a escala bairro propriamente dita, mas sua essência, seu sentido deve permanecer. O bairro é a antítese da desagregação social. Pela escala do cotidiano há a possibilidade riquíssima do reconhecimento, do pertencimento e do fortalecimento de vínculos, por excelência. Ao contrário dos cenários multiculturais e plenos de virtualizações de hoje. É o que trata Richard Sennett quando diz que a religião pregava a amarração, o apego ao lugar, as raízes, ao contrário da Nova Iorque de hoje onde vive[25]. Será que o desenraízamento e o não apego ao lugar é menos importante na segurança e na estabilidade humana?
(...)
E, para concluir, assim como nenhuma paisagem é igual a outra, nenhum bairro é igual a outro, por mais semelhantes que sejam suas histórias, a ocupação urbana, o conteúdo sócio-econômico-cultural, por mais próximos que estejam. E é assim que devem ser encarados, como recortes únicos, individualizados.

3.NOTAS:

[1] Segundo Rapoport, “os bairros existem quando as dimensões físicas e sociais coincidem, quando há um esquema sócio-espacial significativo para as pessoas que notam seus limites, que por sua vez podem ser claros ou difusos”. Rapoport, A mos, 1978, págs. 155-163.

[2] “É a porta de entrada e saída entre espaços qualificados e espaço quantificado, o lugar de onde se faz a tradução (para e pelos usuários), dos espaços sociais (econômicos, políticos, culturais, etc.) em espaço comum, quer dizer, geométrico.
O bairro é uma unidade sociológica relativa, subordinada, que não define a realidade social, mas que é necessária. Sem bairros, igual que sem ruas, pode haver aglomeração, tecido urbano, megalópole, Mas não há cidade. É neste nível onde o espaço e o tempo dos habitantes tomam forma e sentido no espaço urbano”. Lefebvre, Henri, 1971, págs. 195-203.

[3] “Geniu Loci é um conceito Romano. Os romanos antigos acreditavam que existia um espírito do lugar – o genius loci (genius – espírito, loci – lugar), guardião para cada cidade. Cada lugar onde ocorria vida continha seu próprio genius, que se manifestava tanto na locação como na configuração espacial e na caracterização da articulação”. Norberg-Schulz, Christian, 1980, pág. 18.

[4] Sousa, Antonio Candido Mello e., 1987, págs. 57-65.

[5] Informação obtida verbalmente em entrevista com a profa. Joana Cunha Leal, do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Nova de Lisboa, doutorando sobre o tema, e posteriormente cruzada com bibliografia portuguesa obtida em bibliotecas.

[6] Souza, Marcelo José Lopes de, 1989, págs. 153-154.

[7] Rossi, Aldo, 1995, págs. 63-67.

[8] Lamas, José Ressano Garcia, 1993, págs. 74-76.

[9] Lacaze, Jean Paul, 1993, págs. 33-37.

[10] Rapoport, Amos, 1978, pág. 155.

[11] Ledrut apud Souza, Marcelo José Lopes de, 1989, pág. 144.

[12] Santos, Carlos Nelson dos, 1988, pág. 115.

[13] Wilheim, Jorge, 1982, págs. 63-65.

[14] Souza, Marcelo José Lopes de, 1989, pág. 140.

[15] Recife, 462 anos depois: engenhos originaram bairros recifenses. Jornal do Commercio, Recife, 7 mar. 1999, Caderno Cidades, p. 2.

[16] Rapoport, Amos, 1978, págs. 162-163.

[17] Lefebvre, Henri, 1971, págs. 195-200.

[18] “A separação entre o religioso e o civil, entre a Igreja e as instituições, é um feito real e um conceito teórico ao mesmo tempo. As paróquias constituíam bairros, e quando a cidade, ao fazer-se demasiado grande, perdeu sua unidade e seu caráter de comunidade local, o seu núcleo – a igreja paroquial – perdeu simultaneamente suas funções e sua capacidade estruturante. Em consequência: a conexão bairro-paróquia, que em outros tempos constituía uma realidade, já não tem mais fundamento. Esta passa a ter uma existência simbólica mais que funcional ou estrutural; o que está simbolizado tem sua sede e seu sentido mais longe; é a religião, a Igreja Católica e Romana, cuja sede do poder papal está bem distante”. Lefebvre, Henri, 1971, págs. 197-198.

[19] Santos, Carlos Nelson Ferreira dos, 1988, págs.113-115.

[20] Sennett, Richard, 1997, págs.163-164.

[25] “O Cristianismo fez as pazes com a administração urbana, dividindo-se entre o espírito e o poder, seguros de que o domínio sobre a pedra não poderia vencer a cidadela da alma”. Sennett, Richard, 1997, pág. 303.

4. Bibliografia

BARROS, Sandra Augusta Leão. (2002) O que são os bairros: limites político-administrativos ou lugares urbanos da cidade? O caso de Apipucos e Poço da Panela no Recife. São Paulo, 2002. Dissertação de Mestrado, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo. Recife: Imprensa Universitária UFRPE/Fapesp, 2004 (no prelo).

CARLOS, Ana Fani Alessandri. O lugar do/no mundo. São Paulo: Hucitec, 1996.

CASTRO, Josué de. (1957) “Um ensaio de Geografia Urbana: a cidade do Recife”.Ensaios de Geografia Humana. São Paulo : Brasiliense, p. 193-280, 1957.

COSTA FILHO, Olímpio. (1944) “O Recife, o Capibaribe e os antigos engenhos”. Revista do Norte, n. 2, 1944.

GALVÃO, Sebastião de Vasconcellos. (1910) Diccionario Chorographico, Histórico e Estatístico de Pernambuco. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1910.

LACAZE, Jean Paul. (1993) Os métodos do urbanismo. Campinas: Papirus, 1993.

LAMAS, José Ressano Garcia. (1993) Morfologia urbana e desenho da cidade. Lisboa: Fundação Calouste Gulbekian, 1993.

LEFEBVRE, Henri. (1971) “ Barrio y vida de barrio”. De lo rural a lo urbano. Barcelona: Ediciones Península, p. 195-200, 1971.

MARX, Murillo de Azevedo. (1991) Cidade no Brasil: terra de quem? São Paulo: Edusp, 1991.

MELO, Mario Lacerda de. (1978) Metropolização e subdesenvolvimento: o caso do Recife. Recife: Universitária, 1978.

MORI, Klara Kaiser. (1996) Brasil: urbanização e fronteiras. São Paulo: FAU.USP, 1996. Tese de Doutorado, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo.

NORBERG-SCHULZ, Christian. (1980) Genius Loci: towards a phenomenology of architecture. New York: Rizzoli, 1980.

RAPOPORT, Amos. (1978) Aspectos humanos de la forma urbana: hacia una confrontación de las ciencias sociales con el diseño de la forma urbana. Barcelona: Gustavo Gili, 1978.

RECIFE, 462 anos depois: engenhos originaram bairros recifenses. (1999) Jornal do Commercio, Recife, Caderno Cidades, p. 12, 7 mar. 1999.

RECIFE, Prefeitura da Cidade do. (1986) “Planta da divisão físico-territorial”. Projeto Regionalização da Cidade do Recife. Recife: Secretaria de Planejamento e Urbanização do Recife, 1986.

___. (1997) Lei no. 16.293/97, de Regionalização Político-Administrativa do Município do Recife. Recife: Secretaria de Planejamento e Urbanismo, 1997.

___. (1998) O Recife em números. Recife: Secretaria de Planejamento, Urbanismo e Meio Ambiente, 1998 (folheto).

ROSSI, Aldo. (1995) A arquitetura da cidade. São Paulo: Martins Fontes, 1995.

SANTOS, Carlos Nelson dos. (1988) A cidade como um jogo de cartas. Niterói: Eduff; São Paulo: Projeto, 1988.

SENNETT, Richard. (1997) Carne e pedra: o corpo e a cidade na civilização ocidental. Rio de Janeiro: Record, 1997.

SETTE, Mario. (1948) Arruar: história pitoresca do Recife antigo. Rio de Janeiro: Casa do Estudante do Brasil, 1948.

SOUSA, Antonio Candido Mello e. (1987) Os parceiros do rio Bonito. São Paulo: Duas Cidades, 1987.

SOUZA, Marcelo José Lopes de. (1989) “O bairro contemporâneo: ensaio de abordagem política”. Revista Brasileira de Geografia, Rio de Janeiro, n. 51, p. 139-172, 1989.

WILHEIM, Jorge. (1982) “O bairro, unidade urbana”. Projeto São Paulo: propostas para a melhoria da vida urbana. Rio de Janeiro: Paz e Terra, p. 63-65, 1982.


EXTRAÍDO DE:
REVISTA DE URBANISMO N° 9, marzo 2004
ISSN 0717-5051
Leão Barros, Sandra A. Que Recorte Territorial Podemos Chamar de Bairro ?: O caso de Apipucos e Poço da Panela no Recife. En: Revista de Urbanismo, N°9, Santiago de Chile, publicación electrónica editada por el Departamento de Urbanismo, F.A.U. de la Universidad de Chile, enero de 2004, I.S.S.N. 0717-5051

domingo, 13 de março de 2011

A FAZENDA GRANDE DO RETIRO ENQUANTO LOCAL E TEMA DE REFLEXÃO

O Bairro,  a localidade enquanto tema de reflexão

Cristiano Silva Cardoso*
Rita de Cássia Oliveira Pedreira*


Contemporaneamente, muito tem se discutido sobre multiplicidade, em especial as cidades da cidade, engendrando sobre suas atmosferas, desocultando-as para captar a condição humana nelas contidas. Neste intuito, uma tendência crescente é o número de iniciativas voltadas a compreender processos de participação comunitária e de cunho político no ambiente local, onde, diversificadas atmosferas sociais confluem-se, num espaço vivido que ao mesmo tempo é símbolo cultural e assume um papel importante na construção do imaginário coletivo e das relações socioambientais. Atenta-se para a questão local enquanto uma instância que submersa no cotidiano presencia o capital global (via globalização e fragmentação), influenciar tanto o ambiente quanto os indivíduos, efetivando além das relações capitalistas, a consciência de participação ativa, materializada no sentido de territorialidade, uma confraternização subjetiva de pertença que confere a esta porção do território a condição de palco dos acontecimentos (SANTOS, 2006; 1997), estreitando o habitar e a percepção que se tem do mundo. 

*Bacharéis em Museologia pela Universidade Federal da Bahia (2005); Pós-Graduados em Educação Ambiental para Sustentabilidade pela Universidade Estadual de Feira de Santana (2009); Pesquisadores Autônomos com experiência na área de Educação, com ênfase em Educação Ambiental, com autoria de estudos em Gestão Socioambiental, Educação Patrimonial, Cidadania e Biomuseologia.

sexta-feira, 11 de março de 2011

CAMINHÃO TOMBA E POPULAÇÃO SAQUEIA CARGA NO RETIRO

10.03.2011 - Acidente com caminhão deixa trânsito engarrafado na BR-324

O Corpo de Bombeiros enviou uma viatura ao local pois há informações de que o motorista do caminhão tenha ficado ferido
Redação CORREIO

O capotamento de um caminhão no Retiro, sentido Bom Juá, deixa o trânsito engarrafado na BR-324 neste momento. Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o congestionamento atinge a rodovia no sentido Salvador. O veículo transortava refrigerantes e há informações de que a população chegou a saquear o carregamento.
O Corpo de Bombeiros enviou uma viatura ao local pois há informações de que o motorista do caminhão tenha ficado ferido. A empresa responsável pelo carregamento já providenciou uma equipe para a retirada do veículo da pista, mas a chegada do guincho está sendo prejudicada pelo congestionamento. Agentes de trânsito informaram que a suspeita é de que o caminhão tenha sido fechado por um carro.

http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-1/artigo/acidente-com-caminhao-deixa-transito-engarrafado-na-br-324/


10.03.2011 - Polícia perde controle e população saqueia caminhão carregado com refrigerantes na BR-324

Não houve feridos, mas a situação provoca um grande congestionamento na BR-324, sentido Salvador
Redação CORREIO

Apenas três policiais militares faziam a guarda do carregamento de refrigerantes de um caminhão que tombou na manhã desta quinta-feira (10) na BR 324, na altura de Bom Juá. Os oficiais não conseguiram conter a população, que começou a saquear os refrigerantes em lata e garrafas pet.
 Algumas pessoas foram vistas transportando as bebidas com carrinhos de mão e outras retornaram ao local mais de uma vez para pegar mais mercadoria. O caminhão tombou no final da madrugada após ter sido "fechado" por um veículo. Não houve feridos, mas a situação provoca um grande congestionamento na BR-324, sentido Salvador, já que o guincho que realizará a remoção do veículo ainda não conseguiu chegar ao local. o engarrafamento já provoca um congestionamento de 10 km na rodovia.
http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-1/artigo/policia-perde-controle-e-populacao-saqueia-caminhao-carregado-com-refrigerantes-na-br-324/

segunda-feira, 7 de março de 2011

HOMEM É BALEADO NAS COSTAS NO BOM JUÁ

06.03.2011 - Homem é baleado nas costas em bar no bairro de Bom Juá
A vítima foi encaminhada para o Hospital Ernesto Simões com uma lesão no lado esquerdo da região medular
Redação CORREIO

Um homem foi atingido com um tiro nas costas quando conversava com amigos em um bar no bairro de Bom Juá no final da manhã deste domingo (06).
De acordo com a Central de Polícia, Fernando Souza Santos foi baleado por um morador do bairro, identificado apenas pelo prenome Protoque, que fugiu após a tentativa de homicídio.
A vítima foi encaminhada para o Hospital Ernesto Simões com uma lesão no lado esquerdo da região medular, mas não corre risco de vida. A 4ª Delegacia (São Caetano) investiga o caso
http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-1/artigo/homem-e-baleado-nas-costas-em-bar-no-bairro-de-bom-jua/

CORPO É ENCONTRADO ENROLADO EM LENÇOL NA AVENIDA SAN MARTIN

06/03/2011 - Corpo é encontrado enrolado em lençol na Avenida San Martin
A Tarde On Line

Um corpo enrolado em um lençol, amarrado com cordas plásticas e bastante ensanguentado foi encontrado na madrugada deste domingo, 6, na entrada da Vila Sabino, Avenida San Martin, em Salvador. O corpo foi encontrado por moradores da região por volta das 3h.
De acordo com informações da Superintendência de Telecomunicações das Polícias Civil e Militar (Stelecom), a identidade da vítima é ignorada. Também não foi possível identificar o sexo. A perícia técnica foi ao local e fez a remoção do corpo no início desta manhã.
O caso é investigado pela 2ª CP (Liberdade). A autoria e o motivo do crime são ignorados.
http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=5695023

terça-feira, 1 de março de 2011

UM HOMEM É MORTO E OUTRO É BALEADO NA FAZENDA GRANDE DO RETIRO

28/02/2011  - Um homem é morto e outro baleado em Fazenda Grande do Retiro A TARDE On Line

Um homem foi morto e outro baleado na tarde desta segunda-feira, 28, no bairro de Fazenda Grande do Retiro, em Salvador. Segundo informações da Superintendência de Telecomunicações das Polícias Civil e Militar (Stelecom), Isaque Santos de Oliveira, de 18 anos, foi atingido na cabeça e morreu no local. Já a outra vítima, ainda não identificada pela polícia, foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
O caso está sendo investigado pelos agentes da 4ª Delegacia de Polícia, em São Caetano. A autoria e motivação do crime ainda são desconhecidos pela Polícia.
(...)
http://atardeonline.com.br/cidades/noticia.jsf?id=5692314

28/02/2011 - Adolescente morre em troca de tiros em Fazenda Grande

Um outro homem foi baleado e levado para o hospital

Isaque Santos de Oliveira, de 18 anos, e outro homem de identidade ainda desconhecida foram baleados por volta das 14h50 desta segunda-feira (28), na Fazenda Grande do Retiro, em Salvador. De acordo com a polícia, a dupla foi atingida em via pública e Isaque morreu no local.
O outro homem foi levado para o Hospital João Batista Caribé. Não há informações atualizadas sobre o seu estado de saúde. Agentes da 4ª Delegacia (São Caetano) investigam o assassinato.

http://www.radiosociedadeam.com.br/portal/noticia.aspx?nid=67074