sábado, 27 de novembro de 2010

ESPECIAL: UMA HISTÓRIA DE LUTAS E GLÓRIAS PARA A FAZENDA GRANDE DO RETIRO

O artigo abaixo no seu primeiro tópico faz uma descrição do contexto em que surge o bairro de Fazenda Grande do Retiro, depois relata aspectos importantes da vida política e religiosa do bairro de Fazenda Grande do Retiro pois aqui se realizou uma das mais importantes experiências da Teologia da Libertação e das Comunidades Eclesiais de Base, bem como aqui foi um foco de resistência a ditadura militar. Apreciem este belo trabalho.

Religião e Política: relações entre a Igreja Católica e os movimentos populares.

Gisele Oliveira de Lima1

1. Salvador e a ocupação Baixa do Marotinho

A partir de 1950, a Bahia, mais especificamente Salvador, iniciou os processos de transformações industriais, econômicas e sociais com a construção da Refinaria Landulfo Alves, prosseguindo com a construção do Centro Industrial de Aratu (CIA), no início da década de 1960, e o Complexo Petroquímico de Camaçari (COPEC), em meados da década de 1970 (ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DA BAHIA, 1997).

A cidade cresceu, se modernizou, equiparando-se, em alguns aspectos, aos grandes centros urbanos. Entretanto, a maior parte da população permanecia pobre, em condições de vida degradantes, recebendo baixos salários e tendo pouco envolvimento com atividades mais rentáveis da economia como, por exemplo, aquelas vinculadas diretamente ao ramo industrial ou terciário industrializado, o que favoreceu, assim, ao aumento da concentração de renda em Salvador.

A má distribuição de renda, aliada à crescente especulação no mercado imobiliário altamente valorizado, promoveu a exclusão de uma parcela considerável da população de Salvador ao acesso à habitação através do mercado habitacional formal. Os terrenos e os aluguéis tinham preços exorbitantes, incompatíveis com a realidade da população de baixa renda, restando poucas alternativas às pessoas pobres: pagar os caros aluguéis, morar debaixo dos viadutos ou ocupar uma região abandonada.

No período de 1946 a 1967 ocorreram 28 ocupações. Durante a construção do CIA e COPEC, de 1968 até 1978, Salvador registrou 39 ocupações; ou seja, de 1946 a 1967 ocorreram onze movimentos a menos que nos dez anos posteriores. A questão da habitação, após a implantação das modernizações industriais, transformou o dia-a-dia da capital baiana (MATTEDI, 1979). Diversos movimentos pela conquista da moradia no período de 1968 a 1978 ganharam destaque nos jornais locais e, até mesmo, nas revistas nacionais: Fazenda Grande do Retiro, Nova Brasília – em Itapuã, Planeta dos Macacos – em São Cristóvão, Alto da Santa Cruz – no Nordeste de Amaralina e Baixa do Marotinho.

Nesse cenário de contradições frente às transformações urbanas de Salvador, surgiu a Baixa do Marotinho, uma ocupação como muitas outras, composta por famílias muito carentes que se dispuseram a se alojar em um terreno íngreme, pois não tinham condições de manter a família e o aluguel. Apesar de ser uma ocupação motivada por elementos muito parecidos com de outras que surgiram em Salvador, algo que lhe diferenciou foi o fato do poder municipal dar entrada na reintegração de posse e efetivar a sua expulsão, mesmo tendo diversos setores da sociedade civil apoiando e legitimando a ocupação e desqualificando a ação política municipal.

O Movimento Baixa do Marotinho recebeu um grande apoio dos grupos sociais, dentre os quais: a Igreja Católica, através do Padre Paulo Tonucci e Padre Renzo Rossi, com o apoio do abade Dom Timóteo Amoroso Anastácio e do arcebispo de Salvador, Dom Avelar Brandão Vilela; a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB); o Instituto de Arquitetos da Bahia (IAB); o Clube da Engenharia; o Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal da Bahia – DCE/UFBA; jornalistas e fotógrafos. A Igreja, a OAB, o IAB e o Clube de Engenharia tiveram um papel muito importante no processo de negociação entre a Prefeitura e o Movimento.

O Marotinho ganhou uma repercussão tão grande na cidade que, diante da posição irredutível do Prefeito Jorge Hage em expulsá-los, o Governo do Estado, após a expulsão disponibilizou lotes de terras localizados na Fazenda Sete de Abril, na Estrada Velha do Aeroporto. A transferência dos moradores para um bairro distante do centro apresentava-se como uma estratégia de afastamento dos perturbadores da ordem estabelecida do olhar da sociedade. A área conquistada não veio acompanhada de serviços públicos que permitissem à comunidade viver com dignidade como, por exemplo, escola, transporte público, posto de saúde e áreas de lazer. Os moradores alegavam que o poder público os deixou sem o mínimo de infra-estrutura como, por exemplo, sem energia elétrica e saneamento básico.

2. Marotinho e a Igreja Católica

Para tratarmos da atuação da Igreja junto ao movimento do Marotinho temos que nos reportar ao ano de 1966, momento em que os Padres Paulo Maria Tonucci e Renzo Rossi tomaram posse na paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, localizada nas proximidades do Largo do Tanque, mais precisamente no Alto do Peru, em Salvador.

A paróquia abrangia os bairros de Fazenda Grande, São Caetano e Capelinha de São Caetano, todos na periferia de Salvador, e contíguos. Segundo depoimento do Pe. Renzo a Emiliano José (2002), a população da paróquia possuía em torno de 60.000 habitantes.

Padre Renzo descreveu a Emiliano José um dos primeiros choques religioso-cultural que teve logo após chegar à paróquia de Nossa Senhora de Guadalupe:

Na Sexta-Feira Santa, quando se celebra a morte de Cristo, ficou entusiasmadíssimo com as milhares de pessoas presentes à procissão da Via-Sacra. Acostumado aos costumes cristãos da Itália, onde a Páscoa tem muito mais peso do que a própria Sexta-Feira Santa, pensou de si para si: se veio tanta gente hoje, imagine no domingo.

No dia de Páscoa, abriu a igreja cheio de expectativa. E se decepcionou profundamente. Esperou um pouco mais do que o normal, e não conseguiu contar mais do que dezessete pessoas. Chegou a perguntar a uma senhora das razões daquela pequena presença.

- O que está acontecendo? Por aqui não se celebra a Páscoa? A senhora respondeu que a Páscoa já tinha sido celebrada. Na sexta. - Não, senhora. Aquela é apenas uma parte da Páscoa, a morte de Cristo. A festa verdadeira é hoje, a festa da ressurreição. Isso o fez compreender o tipo específico de fé que vigorava no Brasil, herança da península ibérica. O povo estava mais ligado ao sofrimento. Cultuava o Jesus morto, o Jesus crucificado. A devoção a Nossa Senhora das Dores. A religião como conforto para o sofrimento. (…)

Lembra-se de ter visto um velho, com 80 anos, cair, ferir os lábios, se levantar com dificuldade, e dizer, conformado: - Não tem importância. Foi Deus quem quis. Renzo, ao lado dele, não se conteve: - Ah, Deus quem quis! Coisa nenhuma, Deus não quis nada. Você que é cretino. Anda na rua com 80 anos, não presta atenção, e depois coloca a culpa em Deus. Não se vinculava o cristianismo à ressurreição, ao fortalecimento da vida. Se Cristo ressuscita depois de três dias, há esperança. Se a ênfase é principalmente na ressurreição, há uma promessa de vida futura para o povo. Formulou uma frase, até hoje lembrada por ele, não dita a ninguém: - Este povo não pode ser um povo verdadeiramente cristão enquanto não descobrir o valor da ressurreição. (JOSÉ, 2002. p. 69-70)

Essa citação nos demonstra que a comunidade da paróquia frequentava a Igreja no intuito de procurar um alento para suas angústias e sofrimentos. Além disto, a Igreja servia como espaço de segurança em meio aos dilemas vivenciados pela paróquia. Para Pe. Renzo “a festa verdadeira” era a ressurreição, pois ela significava esperança, possibilidade de mudança, de fortalecimento da vida. Mas como viver isso no meio de tanta pobreza, de tanto sofrimento? Padre Renzo percebia que a Igreja não tinha somente a função de transmitir o Evangelho e acalentar os cristãos, mas deveria também dar esperança àqueles que necessitavam, bem como forças para lutar e mudar a situação dos paroquianos. Isso podia ser encaminhado através do próprio Evangelho, por meio de uma Teologia da Libertação3.

Dentro de uma realidade de muita pobreza os padres Renzo e Paulo chegaram em Salvador, provenientes da Itália, e passaram a refletir mais sobre a Igreja, o Evangelho e suas funções como missionários. Diante do trabalho a ser desenvolvido, eles resolveram dividir as áreas de atuação: Pe. Renzo ficou responsável pela área do Alto do Peru e Capelinha de São Caetano — esta última se expandia até a Baixa do Marotinho e Bom Juá. Pe. Paulo se incumbiu de organizar grupos comunitários na Fazenda Grande, onde começava a ser construída a Igreja da Vila Natal, feita à base de taipa. Essa divisão de trabalho se deu até 1970, pois com a chegada de Pe. Sergio Merlini eles fizeram uma nova divisão: Pe. Sergio passou a cuidar do Alto do Peru, que era a Igreja Matriz da paróquia; Pe. Renzo ficou com Capelinha de São Caetano; e Pe. Paulo assumiu definitivamente a Fazenda Grande.

De acordo com Emiliano José (2002), do final da década de 1960 ao início dos anos 70, os dois padres tomaram contato com a Teologia da Libertação e com D. Hélder Câmara. Outra grande referência para estes padres foi D. Timóteo Amoroso Anastácio, abade do Mosteiro de São Bento. Ele era importante liderança no Grupo Moisés; grupo, este que se constituiu como centro de articulação da ala progressista da Igreja Católica na Bahia.

As reuniões do grupo se iniciaram nos anos de 1970 e foi um importante espaço de discussão teórica e prática da Teologia da Libertação. Segundo Pe. Renzo e Délia Boninsegna6, a linha de frente do Grupo Moisés era composta por Pe. Paulo e Pe. Cláudio Perani, importante missionário jesuíta que coordenou durante muitos anos o Centro de Ação Social – CEAS (JOSÉ, 2002).

O Grupo Moisés se constituiu em local de articulação e planejamento da ala progressista da Igreja e foi através deste que se organizou e mobilizou o Grupo de Evangelização da Periferia. Délia Boninsegna nos relatou que este grupo de evangelização era um espaço de encontro entre várias paróquias. Através deste grupo que as paróquias se organizavam e apoiavam os nichos de manifestações populares por moradia.

Tanto nos artigos do CEAS quanto na fala de Délia Boninsegna há relatos do envolvimento e auxílio da Igreja no processo de organização das famílias desalojadas e das ocupações que surgiam na periferia de Salvador. Tal ação se fez presente também na Baixa do Marotinho, onde os padres não só acompanharam a ocupação como também orientaram os moradores no processo de conflito.

A gente todo dia se encontrava com o grupo (Ocupantes do Marotinho). Era uma invasão de trezentas famílias, parecia que era uma das invasões que ia pra frente, porque era num lugar escondido e não era um lugar cobiçado. (…) Era uma invasão, a gente como dava apoio as invasões em tudo quanto é canto, aí, também era lá, na zona da gente. Aí, começou a freqüentar. Paulo ia lá, fazia os encontros com o pessoal dizia ao pessoal que o problema das invasões: o futuro das invasões era quando o povo tava unido, organizado e se fortalecia na união. (Entrevista com Délia Boninsegna no dia 22.01.2008)

Uma das preocupações de Pe. Paulo, citadas por Délia, era manter a comunidade unida para poder pressionar o governo e, assim, garantir a moradia. Os padres Paulo e Renzo trabalharam juntos acompanhando e auxiliando os ocupantes. Essa preocupação em garantir melhores condições de vida para as famílias carentes foi se fecundando à medida que os padres Paulo e Renzo foram tendo maior conhecimento sobre a Teologia da Libertação.

Segundo Catão, o conceito de Teologia da Libertação significa: Libertar-se interiormente de todos os determinismos que aprendeu e analisar e cujo jugo procura sacudir ‘arrumando a própria cabeça’. Libertar-se, enfim, política e economicamente, lutando para que a sociedade em que vive seja uma sociedade mais humana, em que os problemas de convivência e de subsistência se resolvam num clima de respeito mútuo e de equidade, com a participação de todos. (CATÃO,1985, p. 78)

A libertação para aquela teologia católica progressista era o caminho privilegiado da salvação, e esta seria uma intervenção divina na vida dos homens. Segundo Catão (1985), é através da libertação que a salvação se torna presente na história. Partindo desse pressuposto, os padres Paulo e Renzo auxiliaram a comunidade do Marotinho na luta para permanecer na ocupação.

Os ocupantes da Baixa do Marotinho receberam o apoio da Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe e do Grupo de Evangelização da Periferia. Foram com estes auxílios que os Marotinhos escreveram uma carta ao prefeito, pedindo que ele revisse a posição da Prefeitura Municipal de Salvador - PMS em relação ao pedido de reintegração de posse. Após a resposta do administrador municipal de que não recuaria na sua posição, a comunidade, que já estava se reunindo com frequência para discutir sobre o que iriam fazer diante da ameaça de expulsão, resolveram construir uma Associação dos Moradores da Baixa do Marotinho. Ela serviria tanto para as reuniões da comunidade quanto para a escola que eles próprios fundaram.

Isso demonstra que os moradores passaram a se preocupar com a unidade do movimento, e que através dela poderiam manter a luta. Segundo Délia, a importância da união foi muito enfatizada por Pe. Paulo nas suas caminhadas junto à ocupação e na sua participação nas reuniões de moradores.

A parceria da Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe com o Marotinho não se restringiu, apenas, em auxiliar nas reuniões e na defesa de certas posturas políticas. A articulação da paróquia com os grupos Moisés e Evangelização da Periferia, permitiu contatos com outros grupos e movimentos de profissionais liberais e estudantis. A Ordem dos Advogados do Brasil, Seção Bahia - OAB, o Instituto dos Arquitetos do Brasil, Bahia - IAB, o Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal da Bahia – DCE/UFBA e o Clube de Engenharia estavam entre as instituições que declararam apoio ao movimento e intercederam no processo de negociação com o Prefeito no intuito de impedir a expulsão dos ocupantes, como já citamos anteriormente.

A mobilização e articulação desses grupos foi importante para dar notoriedade ao caso do Marotinho. O envolvimento da sociedade civil em favor dos ocupantes trouxe questionamentos quanto à legitimidade de expulsar famílias carentes que ocuparam um terreno público. A nota emitida pelo DCE/UFBA e Diretórios Acadêmicos demonstra bem o quanto essa entidade e outras passaram a questionar a legitimidade da expulsão dos Marotinhos: O povo baiano encontra-se traumatizado com as recentes agressões sofridas pelos moradores da “invasão” do Marotinho. Mais uma vez, a violência e a arbitrariedade das autoridades são utilizadas para contrariar os interesses do povo.

Os fatos: há mais de um ano cerca de 1.300 pessoas (300 famílias, 675 crianças) “invadiram” os terrenos da Baixa do Marotinho em busca do local onde construir a sua habitação

Durante este tempo os moradores construíram suas casas, escolas, ruas, etc., ao tempo que procuravam as autoridades, em particular o prefeito Jorge Hage, procurando uma solução para o problema. As autoridades governamentais mantiveram-se inflexíveis, indo de medidas judiciais, coações, etc., à ocupação policial. Nos últimos dias, 300 soldados da Polícia Militar, fortemente armado de cassetetes, bombas de gás, fuzis e metralhadoras, asseguraram que a Prefeitura expulsasse os moradores, retirando móveis e utensílios do local, acabando com a “invasão” do Marotinho. Os moradores do local encontram-se em desespero, com vários deles tendo sido retirados desmaiados e outros em estado de alucinação. Os operários da Prefeitura e mesmo os soldados PM, manifestaram sinais de constrangimento diante das ordens de execução. Afinal de contas, também sofrem os efeitos dos baixos salários, a exemplo de um cabo da PM que chegou a chorar, mas se recompôs rapidamente (Jba – 6.3).



Face ao apoio prestado aos moradores, a PM reagiu: ameaçando de prisão a religiosos e membros do MDB, espancando um jornalista, intimidando e fichando jornalistas e membros do Diretório Central dos Estudantes. No entanto, enquanto estas agressões ocorrem, não sabemos de nenhuma medida das autoridades visando solucionar a fome, o desabrigo, o abandono das crianças, o desemprego, enfim, a miséria dos moradores, que por si só, já constitui-se em violência. Violência principalmente porque tal miséria e empobrecimento da população, se dá em benefício de enriquecimento de uma minoria. Porém, cresce a cada dia a indignação dos brasileiros diante das escaladas de violência utilizada pelas autoridades na tentativa de impedir a crescente luta do povo pelos seus direitos. Recentemente, nós, estudantes, quando em greve lutávamos contra as péssimas condições de ensino e contra o jubilamento, tivemos a Universidade invadida pelo mesmo aparato policial-militar, que hoje é lançado contra o povo do Marotinho. Face a isso, os estudantes baianos manifestam irrestrita solidariedade aos moradores do Marotinho, ao tempo que, entendendo que o problema das invasões, longe de ser resolvido, foi gravado, vêm a necessidade de tomarmos atitudes conjuntas e capazes de fazer frente a tal estado de coisas. (DCE/UFBA –Nota publicada na íntegra no Tribuna da Bahia no dia 08.03.1976)

Como podemos ver nessa citação, o DCE/UFBA apontava o Estado como o agravador do problema habitacional por não atender os interesses do povo, por não criar medidas que pudessem solucionar a pobreza e o desemprego. A nota registra o apoio oferecido ao Movimento do Marotinho por parte da Igreja, jornalistas, membros do MDB e do DCE que tentaram impedir a expulsão dos ocupantes.

Nesse processo a Igreja teve um importante papel na articulação da sociedade civil para apoiar o Marotinho. Essa ligação advém de atuações conjuntas que se realizaram anteriormente ao Marotinho. Os estudantes universitários e secundaristas, moradores de bairros do centro e da periferia, padres e profissionais liberais atuaram conjuntamente frente às dificuldades das famílias desalojadas durante as chuvas de 1974. Outro momento que unificou esses setores foi o apoio que deram aos estudantes pela reabertura do DCE/UFBA e rejeição à Reforma Universitária que o governo queria implantar em 1973. Além disso, surgiram diversos outros conflitos que demandaram a atuação conjunta dos diferentes setores sociais organizados7.

De acordo com Maria Gonzalez (1997), em 1973, durante a Semana de Urbanismo organizado pelo IAB, surgiu a idéia da aglutinação de entidades. Esta idéia contou com a adesão de doze entidades que passaram a chamar esse espaço de Convênio Cultural de Profissionais Liberais. A atuação desse convênio cultural contava com a participação do setor estudantil e do setor progressista da Igreja.

A expulsão do Marotinho e a conquista dos lotes no Novo Marotinho impulsionaram a presença de grupos de bairros da periferia nas reuniões do convênio cultural. O aumento da participação dos setores de bairros nas reuniões estimulou a continuidade do trabalho que vinha sendo desenvolvido em conjunto. Nesse cenário de mobilização, as diferentes esferas da sociedade civil resolveram criar uma Comissão Provisória de Trabalho Conjunto. Essa comissão tinha como objetivo: organizar as reuniões do Trabalho Conjunto, coordenar suas ações em diferentes áreas de atuação, além de propor atividades para a sociedade.

Uma das atividades do Trabalho Conjunto foi a criação de uma “Mensagem Calendário” que tinha pretensão de divulgar as reivindicações por melhores condições de vida. Esse calendário apresentava uma foto da ocupação do Marotinho no dia da expulsão, mostrando os ocupantes desesperados e uma grande bandeira do Brasil. Após esse calendário, em 1978, o Trabalho Conjunto elaborou e publicou uma Carta de Princípios que tinha intenção de apresentar os objetivos gerais do Trabalho (CEAS, n°56, 1978).

É importante retratar como se deu o envolvimento de outros setores da sociedade com o movimento do Marotinho por intermédio da Igreja. A Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, através dos padres Paulo e Renzo, pediu a D. Timóteo Amoroso Anastácio ajuda na defesa do movimento do Marotinho. D. Timóteo solicitou a Adelmo Oliveira, que era advogado do Mosteiro de São Bento, para assumir o caso.

Em entrevista, questionamos a Adelmo como ele havia se tornado advogado do Mosteiro. Ele acredita que deve ter sido a sua atuação frente aos movimentos sociais e o combate a ditadura militar. Ele ainda complementou que a atuação do mosteiro era muito progressista frente a ditadura. A Ordem dos Beneditinos era de grande importância para o movimento estudantil e outros da época, o que justifica a preferência por um advogado que já atuava em confronto com a ditadura.

Adelmo Oliveira se tornou defensor do Marotinho por meio da OAB, pois a procuração que permitia os serviços dele ao Mosteiro não permitia atuar em outras instâncias que não afetasse diretamente a ordem. Diante disso, sob orientação de Adelmo e da Igreja, a Associação de Moradores do Marotinho solicitou à OAB a assistência judiciária, por não terem condições de pagar um advogado. A entidade então encaminhou Adelmo como defensor do movimento e este começou a participar de reuniões no Marotinho e a realizar encontros entre a prefeitura e representantes do Marotinho para, assim, tentar reverter a posição da PMS em expulsar os ocupantes. Vale lembrar que a OAB, Seção Bahia, também atuou no Trabalho Conjunto contra as arbitrariedades da ditadura, com destaque para a atuação de advogados em defesa dos presos políticos.

O apoio de diferentes entidades foi de grande valia para pressionar a PMS e o governo do Estado na tentativa de encontrar uma solução que não resultasse na expulsão. Entretanto temos que destacar o papel da Igreja no processo de auxílio ao Marotinho. O setor dentro da Igreja, ligado à Teologia da Libertação, passou a visualizar que a ordem política da ditadura militar só agravava o estado de miséria e coibia a liberdade dos cristãos, em busca de uma sociedade mais humana e, assim, mais próxima de alcançar a salvação na história.

Os adeptos da nova teologia se tornaram missionários militantes pelo combate à ditadura e pelo direito à libertação, atuando conjuntamente com militantes partidários, com organizações de esquerdas e independentes. Os padres Paulo Tonucci e Renzo Rossi se tornaram missionários militantes. Os dois trabalhavam juntos, mas possuíam suas diferenças nas interpretações sobre a realidade e sobre o modo de agir politicamente. Como Pe. Renzo nos disse em entrevista:

Paulo era radical. Segundo Emiliano, era a esquerda dos mais esquerdistas, era um padre além. (…) Quando houve a invasão do Marotinho. (Para Paulo) Era um direito do povo invadir, o povo deve lutar até o fim. Eu digo sim, mas vamos ver com as autoridades se conseguimos alguma coisa. Ele era contrário a pedir a mediação. (Entrevista com Pe. Renzo no dia 14.01.2008)

Os dois possuíam diferentes modos de agir nas ações políticas. Apesar de Pe. Renzo afirmar que Pe. Paulo era contrário a pedir mediação, Pe. Paulo sabia da importância em solicitar o apoio de D. Avelar Brandão Vilela e de conquistar aliados na sociedade civil para mediar a luta. Nas suas diferentes maneiras de agir, cada um desempenhava uma função: Pe. Paulo acompanhava mais politicamente os moradores do Marotinho; Pe. Renzo se incumbia em acompanhar a comunidade de uma forma mais intuitiva.

Entre Renzo e Paulo houve uma frutífera divisão de trabalho. Renzo era o lado prático, o homem que fazia, que operava. Paulo, mais voltado para a formulação teórica, para os princípios. Sem que, no entanto, as coisas fossem estanques. Nem Renzo descuidava de sua formação teológica (…), nem Paulo deixava de lado suas atividades práticas. Fala-se nessa divisão muito mais quanto à ênfase. E talvez por essa divisão é que se dessem tão bem, tenham sido tão amigos durante toda a vida. (JOSÉ, 2002, p. 85)

Pe. Renzo ia à ocupação e procurava escutar as angústias dos moradores. Tentava confortá-los e participava das reuniões. Enquanto isso, Pe. Paulo confeccionava histórias em quadrinhos, objetivando criar uma linguagem mais acessível aos moradores. Essas histórias abordavam o Evangelho, o movimento e a importância da organização e união entre eles. Ele também ajudou a organizar o levantamento socioeconômico do Marotinho para, assim, divulgar à população soteropolitana as precárias condições em que viviam a família. Ele ainda acompanhava as reuniões. Foi com essa divisão de trabalho entre os padres Paulo e Renzo que eles acompanharam e participaram do Movimento do Marotinho. Délia Boninsegna e outros que compuseram a paróquia Nossa Senhora de Guadalupe também auxiliaram o movimento.

Alguns dias antes do Carnaval de 1976 a prefeitura havia mandado policiais para tentar expulsar os Marotinhos, porém não conseguiram por não possuírem uma ordem judicial. No dia 04 de março de 1976, a prefeitura tentou realizar a expulsão e, novamente, não teve êxito, pois não apresentaram um mandado. Diante dessa situação os Marotinhos se reuniram, nessa mesma noite, para fazer uma proposta de acordo e foi com essa proposição que Adelmo, D. Timóteo e a Comissão (eleita pelos ocupantes) foram tentar se encontrar com o prefeito, enquanto a polícia cercava a baixada. No dia da expulsão do Marotinho, Pe Renzo nos relatou como se procedeu o ato:

O juiz deu a ordem de expulsar. Mas, enquanto a gente não saia, o exército cercou todo o Marotinho e mandara (…) trator para derrubar todas as casas. Primeiro houve o acerto, não é? Pedindo, novamente, ao povo de deixar as casas e ninguém deixou. O exército cercou toda área. (...) Eu estava mais na área que olhava para Bom Juá e ele mais para a área que subia para São Caetano. Então, quando chegamos eu e Padre Paulo fomos proibido de entrar. Com exército de metralhadora na mão. Paulo tentou entrar, mas foi preso. Na hora dele entrar o soldado que pegaram ele e lhe impediram de entrar. Também a mim, eu fugi e entrei. Eu me lembro sempre: -Pare ou? (Ameaçando que iam atirar)

–Faça se você quer que amanhã saia no jornal que um soldado matou um padre pode atirar, disse.

(…) Então, veio o capitão ao meu encontro:

−Por que o senhor entrou? (Capitão)

−Por que não deveria entrar? (Renzo)

−Porque foi proibido. (Capitão)

−Proibido por quem? Este é o meu povo, se o povo está sofrendo eu como padre devo estar no meio deles. (…) O padre deve estar perto do povo que sofre. Se me proíbe de entrar, mas não tem nenhum direito de me proibir, eu entro faça o que quiser.

(…)

Logo apresenta Cardeal dom Avelar Brandão Vilela e veio também junto com ele, provoquei a vinda de Roberto Santos. (Entrevista com Pe. Renzo no dia14.01.2008)

A baixa do Marotinho foi cercada não pelo exército, mas pela polícia militar. Os acessos por Fazenda Grande e São Caetano estavam fechados. Padre Paulo foi preso por tentar romper a barreira. Apesar de várias tentativas de conciliação com a prefeitura, a PMS esteve irredutível no seu propósito, de tal maneira que foi realizada a expulsão do Marotinho.

Os jornais da época e Pe. Renzo, em entrevista, informam que o Cardeal D. Avelar Brandão Vilela intercedeu perante o governador em favor dos ocupantes e, após essa conversa, Roberto Santos prometeu alojar os ocupantes em outra localidade concedendo os terrenos. Padre Renzo, durante a entrevista, não se recordou direito se esse comprometimento foi antes ou depois da expulsão. Entretanto, Délia Boninsegna conversou conosco sobre essa promessa:

Durante três dias teve ida e volta com o governador, com o prefeito e etc., né? Mas já tava determinado que devia ser demolido, por uma questão de princípio.(…) Mas com essa pressão toda, com esse alarde que fez a mídia a nível nacional, então o governador se responsabilizou que ia derrubar o Marotinho, mas que ia entregar, levar o pessoal numa nova área e que ia entregar um terreno nessa nova área. (Entrevista com Délia Boninsegna no dia 22.01.2008)

Délia comentou que houve uma grande notoriedade na mídia, em rede nacional, sobre a ocupação do Marotinho. Relata também que a emissora BBC de Londres noticiou sobre a expulsão do Marotinho. Essa cobertura da imprensa nacional e internacional no caso Marotinho se deveu muito a atuação dos diferentes setores da sociedade civil e, principalmente, da Igreja em apoiar os ocupantes.

Délia concluiu que diante desse alarde em torno da ocupação, o governador disse que não impediria a expulsão. Porém, o governo iria amparar os expulsos em nova área. Essa promessa foi feita ao Cardeal e ao Movimento, tanto que os jornais da época noticiaram a doação dos lotes aos ex-ocupantes da Baixa do Marotinho, após a expulsão.

Conclusão:

As relações de forças presentes na organização e atuação do Movimento do Marotinho se deram de forma favorável, no sentido de ganhar legitimidade e apoio da sociedade contra a decisão municipal e judicial de expulsão. Os ocupantes se mantiveram unidos desde o início. Construíram a associação de moradores, atuavam em conjunto e com apoio de todos os moradores da baixada.

O Movimento do Marotinho se articulou com diversos segmentos da sociedade civil soteropolitana: diversas entidades de profissionais liberais, estudantes e a Igreja apoiaram a movimentação dos ocupantes. O envolvimento desses setores no conflito favoreceu os moradores, pois chamou atenção da sociedade como um todo para a questão.

Parte da Igreja, ligada à Teologia da Libertação, desempenhou um papel muito importante não só no auxílio da organização do Movimento como, também, na mediação e articulação entre as entidades civis e no processo de tentativa de negociação com a Prefeitura, instrumentalizando política e juridicamente os Marotinhos.

O Movimento do Marotinho foi a expressão não só dos ocupantes da baixada, mas, também, da Igreja e demais entidades civis que fortaleceram a ação. Essa atitude conjunta ganhou força, resultando na formação do grupo chamado Trabalho Conjunto, organização que teve bastante importância na luta da sociedade baiana contra a repressão militar e por melhoria nas condições socioeconômicas. A conquista dos Marotinhos foi resultado da luta pela moradia e, muito mais que isso, representou a luta pelo “direito à cidade”.

Lista de Fontes:

Impressas:

A Tarde – de março a maio de 1974, de dezembro de 1975 a junho de 1976.

Jornal da Bahia – de março a maio de 1974, de dezembro de 1975 a junho de 1976.

Tribuna da Bahia – de março a maio de 1974, de dezembro de 1975 a junho de 1976.

Diário de Notícias – de janeiro a março de 1976.

CEAS, Cadernos do CEAS. Por um lugar onde morar: Subsídios para uma história das

invasões e dos desabrigados em Salvador, n°37, pp. 21-34, Mai/Jun. 1975.

CEAS, Cadernos do CEAS. Drama do Marotinho, n°45, pp. 21 – 36, Set/Out. 1976.

Fonte Oral:

Adelmo José Oliveira – entrevista realizada no dia 11.03.2008. Advogado do

Movimento do Marotinho em 1976.

Alcebíades Ferreira Couto −entrevista realizada no dia 26.01.2008. Ocupante da

Baixa do Marotinho e a moradora do Novo Marotinho. Ex-presidente da Associação

de Moradores do Novo Marotinho.

Carmosina Ferreira Couto – entrevista realizada no dia 26.01.2008. Ocupante da Baixa do Marotinho e a moradora do Novo Marotinho.

Délia Boninsegna – entrevista realizada no dia 22.01.2008. Leiga integrante da Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe no ano de 1976.

Edna Pedreira Gonçalves – entrevista realizada no dia 14.09.2008. Ocupante da Baixa do Marotinho e a moradora do Novo Marotinho.

Maria José Santos – entrevista realizada no 07.09.2008. Ocupante da Baixa do Marotinho e a moradora do Novo Marotinho.

Renzo Rossi – entrevista realizada no dia 14.01.2008. Padre da Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe.

Romilda dos Santos – entrevista realizada no dia 09.09.2008. Ocupante da Baixa do Marotinho e a moradora do Novo Marotinho.

Valdelice Batista de Jesus – entrevista realizada no 07.09.2008. Ocupante da Baixa do Marotinho e a moradora do Novo Marotinho.

Bibliografia:

ANDRADE, Eliziário S. Nova Ofensiva do capital sobre o trabalho. Salvador: Universidade

Católica do Salvador, 2000.

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DA BAHIA. Bahia de Todos os Fatos - Cenas da vida

republicana(1889-1991). Salvador: 1997.

BOFF, Leonardo. Teologia da libertação e do cativeiro. Lisboa: Multinova, 1976.

CATÃO, Francisco. O que é Teologia da Libertação. São Paulo: Nova Cultural, 1985.

CEAS, Cadernos do CEAS. Movimentos de Articulação, n° 56, pp. 29- 35, jul/agost. 1978.

DANTAS NETO, Paulo Fábio. Tradição, Autocracia e Carisma. A política de Antonio Carlos

Magalhães na modernização da Bahia (1954-1974). Belo Horizonte: Editora UFMG; Rio de

Janeiro: IUPERJ, 2006.

DOIMO, Ana Maria. A vez e a voz do popular: movimentos sociais e participação política no

Brasil pós-70. Rio de Janeiro: Relume-Dumará/ ANPOCS, 1995.

FERREIRA, Marieta de Moraes e AMADO, Janaína (Orgs.). Usos e Abusos da História Oral.

Rio de Janeiro: Editora FGV, 1996.

FERREIRA, Marieta de Moraes, FERNANDES, Tânia e ALBERTI, Verena (Orgs.). História

Oral: desafios para o século XXI. Rio de Janeiro: Editora Fio Cruz/FGV, 2000.

GOHN, Maria da Glória. Teoria dos Movimentos Sociais. São Paulo: Loyola, 1997.

GONZALEZ, Maria Victoria Espiñeira. O partido, a Igreja e o Estado nas associações de

bairros. Salvador: EDUFBA, 1997.

JACOBI, Pedro. Movimentos Sociais Urbanos. Os desafios da construção da cidadania. In:

CEAS, Cadernos do CEAS, n° 129, pp. 35- 43.

JOSÉ, Emiliano. As Asas Invisíveis do Padre Renzo: uma história singela de amor e dor nos

tempos da ditadura brasileira. São Paulo: Casa Amarela, 2002.

MATTEDI, Maria Raquel Mattoso. As Invasões em Salvador: uma alternativa habitacional.

Dissertação de Mestrado em Ciências Sociais. Universidade Federal da Bahia, Salvador,

1979.

SADER, Eder. Quando Novos personagens entraram em cena: experiências, falas e lutas dos trabalhadores da Grande São Paulo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988.



NOTAS

1 Mestra pelo Programa de Pós-graduação em História Social – UFBA. E-mail:giseleoliveiralima@hotmail.com

2 Entendemos que os movimentos sociais como, por exemplo, os da luta pela moradia, são uma forma de organização de setores da sociedade a reivindicar, resistir e combater a espoliação urbana e social. Os movimentos sociais promovem maior consciência política, valorização da atuação coletiva e a construção da luta pela cidadania. A atuação da Igreja, das Comunidades Eclesiais de Base e de organizações e partidos de esquerda nos processos reivindicatórios foram fundamentais na disponibilização de suportes institucionais, engajamento de profissionais como médicos, advogados, arquitetos, assistentes sociais e outros profissionais. Além disso, os articuladores sociais discutiam com a população modos de abordagem da realidade e alternativas de atuação aos problemas vivenciados. (GOHN, 1991)


[3 Em entrevista junto ao Pe. Renzo, ele nos explicou que Teologia da Libertação era a mesma Teologia da Ressurreição (termo que ele preferia), uma vez que se trata de uma teologia com o objetivo de libertar a alma. Não estar aprisionado, ainda que o corpo se sinta como tal.

4 A Capela de Vila Natal foi fundada com o nome de João XXIII, por Pe. Paulo Tonucci. Hoje essa capela se chama Natividade do Menino Jesus.

5 Padre Renzo Rossi nos concedeu entrevista nos dias 14 e 17 de janeiro de 2008.

6 Délia Boninsegna, italiana, leiga missionária, que chegou no Brasil em 1971, passou a compor a Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, trabalhando com Padre Paulo Tonucci no bairro de Fazenda Grande, além de auxiliar o movimento do Marotinho. Ela nos concedeu entrevista em 22.01.2008.]

7 Carta Aberta ao Prefeito de Salvador, em junho de 1975, expondo problemas da cidade; elaboração de boletins informativos para as direções de entidades; participação em Ato pela Anistia, em maio de 1977; apoio a invasão Beira Mangue, na Avenida Suburbana em Salvador, no ano de 1977; apoio ao Movimento Feminino pela Anistia, em 1977; etc. (GONZALEZ, 1997, pp.47-51)

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

JOVEM É MORTO COM UM TIRO DENTRO DE CASA EM FAZENDA GRANDE DO RETIRO

23/11/2010 - Jovem é morto com tiro no rosto dentro de casa em Fazenda Grande do Retiro
A Tarde On Line

Um jovem foi assassinado a tiros por volta da zero hora desta terça-feira, 23, dentro da própria casa na Rua Grande, no bairro de Fazenda Grande do Retiro. Segundo informou a Central de Telecomunicações das Polícias Civil e Militar (Centel), Maurício de Oliveira Santos, de 19 anos, foi baleado no rosto e não resistiu aos ferimentos.

De acordo com a polícia, a vítima estava sozinha na residência no momento do crime. Vizinhos de Maurício contaram aos policiais que ouviram os tiros, mas não identificaram o autor, que fugiu do local em seguida. Agentes da 4ª Delegacia, em São Caetano, investigam o crime.

http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=5654244

23.11.2010 - Jovem é assassinado dentro de casa na Fazenda Grande do Retiro
Segundo a polícia, Maurício de Oliveira Santos morava com o tio, mas estava sozinho em casa no momento do crime
Redação CORREIO

Um jovem de 19 anos foi encontrado morto dentro de casa na Rua Grande, no bairro de Fazenda Grande do Retiro, em Salvador. O crime aconteceu por volta das 23h da noite desta segunda-feira (22). Segundo a polícia, Maurício de Oliveira Santos morava com o tio, mas estava sozinho em casa no momento do crime.

Vizinhos teriam ouvido o barulho dos disparos e corrido para chamar o tio do rapaz que trabalha num bar próximo da casa. Ao chegar, ele encontrou Maurício em cima da cama, com uma marca de tiro no rosto. A polícia ainda não sabe quem matou o jovem e o caso está sendo investigado pela 4ª delegacia de São Caetano
http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-1/artigo/jovem-e-assassinado-dentrod-e-casa-na-fazenda-grande-do-retiro/?utm_source=direct&utm_medium=iFrame&utm_campaign=iBahia-mashup&cHash=d3979c8950b2070cb262a82ec3445358

23/11/2010 - Dois jovens são mortos em Salvador e RMS
Tatila Ioli, do ITAPOAN ON LINE

De acordo com a Central de Telecomunicações das Polícias Civil e Militar (Centel), nas últimas 12h foram registrados dois homicídios na capital e região metropolitana. Helinaldo Santos Pimentel, 21, foi alvejado por arma de fogo, ontem às 23h30, em Simões Filho; a outra vítima foi Maurício de Oliveira Santos, de 19 anos, também foi assassinado por disparos na Fazenda Grande do Retiro, por volta das 12h50.

http://www.itapoanonline.com/main/plantao/noticia.aspx?nid=112352

JOVENS SÃO BALEADOS NA FAZENDA GRANDE DO RETIRO

23/11/2010 - Jovens são baleados durante tiroteio em Fazenda Grande do Retiro

De acordo com a polícia, dois homens passaram atirando e acabaram atingido os adolescentes que conversavam

Dois adolescentes de 17 e 16 anos foram baleados na noite desta segunda-feira (22) em um tiroteio no bairro da Fazenda Grande do Retiro, em Salvador. De acordo com a polícia, dois homens passaram atirando na Rua Acuruí, onde os dois jovens estavam conversando e acabaram sendo atingidos.

Um deles recebeu três tiros, sendo que um na cabeça. Ele foi operado e aguarda uma vaga na UTI do Hospital Ernesto Simões. O outro jovem foi atingido também, mas já foi liberado do hospital. Os dois atiradores fugiram. A polícia ainda não sabe o motivo dos disparos.
http://www.portalibahia.com.br/jornaldamanha/?p=19782



23.11.2010 - Jovens sobrevivem após serem baleados na Fazenda Grande do Retiro
Segundo a polícia, as informações são de que dois homens passaram atirando na rua Acuruí, onde os dois jovens estavam conversando
Redação CORREIO

Os dois jovens baleados na noite desta segunda-feira (23) em uma troca de tiros na Fazenda Grande do Retiro sobreviveram e apenas um permanece internado. Alexsandro Santos Oliveira, de 17 anos, levou um tiro no rosto. Ele foi operado para retirada da bala e agora aguarda uma vaga na UTI do hospital Ernesto Simões. Já Roberto Salgueiro Santos, de 16 anos, foi atendido e liberado em seguida.

Segundo a polícia, as informações são de que dois homens passaram atirando na rua Acuruí, onde os dois jovens estavam conversando e acabaram sendo atingidos. Os dois atiradores fugiram. A polícia ainda não sabe quem era o alvo dos dois, que pareciam estar atirando a esmo, segundo relatos.

http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-1/artigo/jovens-sobrevivem-apos-serem-baleados-na-fazenda-grande-do-retiro/?utm_source=direct&utm_medium=iFrame&utm_campaign=iBahia-mashup&cHash=d7d5405139d102a83a671c4919eea379

terça-feira, 23 de novembro de 2010

ELEIÇÕES PARA DEPUTADO ESTADUAL E PARA DEPUTADO FEDERAL NA FAZENDA GRANDE DO RETIRO

A Fazenda Grande do Retiro foi palco para as mais diversas candidaturas, dos mais variados partidos, Esperamos que os candidatos eleitos e que obtiveram votos na 11ª zona, onde está situada a Fazenda Grande do Retiro, tragam alagum benefíicio para este bairro, por que com esse memorial não vai mais deixar você esquecer em quais candidatos a Fazenda Grande do Retiro votou.
















sábado, 20 de novembro de 2010

O CASO DAS ADOLESCENTES QUE TIVERAM AS CABEÇAS DECEPADAS E JOGADAS NO MEIO DA RUA DIVA PIMENTEL NA FAZENDA GRANDE DO RETIRO

Colabore com o Centro Sócio-cultural 1º de maio no desenvolvimento de ações preventivas e de combate à violência no bairro de Fazenda Grande do Retiro. Filie-se!
  E-mail enviado pelo coordenador de Assuntos Institucionais da ABSRD

Relato exclusivo do ocorrido, da noite do  dia 19 de novembro de 2010, traz mais alguns detalhes. Duas reportagens do correio e da rede bahia, bem completas.
"O que aconteceu na noite da última sexta-feira foi realmente mais uma afronta ao estado de direito.
Já passava das 22 horas quando um carro preto, de dados não anotados, entrou na Rua Diva Pimentel, na marcha-ré, até a altura da Pizzaria de Marli, e membros deste veículo desceram do carro, abriram o porta-malas e jogaram os corpos decapitados ao chão. As cabeças também foram jogadas de um saco tipo "alinhagen" e ficaram no meio da rua.
Logo após isso, fizeram vários disparam e fugiram com a mala aberta e em alta velocidade.
Ninguém sabe ao certo do que se tratava.
O desespero tomou conta das pessoas que estavam nos bares e em suas residências e a correria foi geral.
Pouco depois chegou a polícia e a imprensa.
Não sabemos de mais detalhes.
Um grande abraço.

Atenciosamente,

José Antonio Cerqueira
Coordenador de Assuntos Institucionais
ABSRD - Associação Beneficente Santa Rita Durão"
Rua Diva Pimentel na Fazenda Grande do Retiro
20.11.2010 - Enterrados corpos das duas adolescentes que tiveram as cabeças decepadas

Uma das jovens, que tinham 13 anos e 16 anos, era filha de um policial militar
Redação CORREIO

Foram enterrados neste sábado (20), no Cemitério do Campo Santo, na Federação, os corpos das duas adolescentes que foram assassinadadas e tiveram as cabeças decepadas. Uma das jovens era filha de um policial militar.
Segundo a polícia, as jovens sairam de casa na terça-feira (16) após deixar um bilhete dizendo para os pais que não se preocupassem, porque elas ficariam bem. As jovens teriam marcado encontros pela internet.
Em depoimento, o pai de uma das jovens contou que desde a quarta-feira (17) os pais estavam recebendo ligações dizendo que só libertariam a jovem em troca de armas.
A polícia suspeita que ladrões - que não têm envolvimento com o sequestro - tenham se aproveitado para realizar os trotes para conseguir as armas, já que o pai de uma das adolescentes é PM.
Os corpos das jovens de 13 e 16 anos foram encontrados na madrugada de hoje na rua Diva Pimentel, em San Martins. O crime será investigado pela 4ª Delegacia (São Caetano)

http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-1/artigo/enterrados-corpos-das-duas-adolescentes-que-tiveram-as-cabecas-decepadas/?utm_source=direct&utm_medium=iFrame&utm_campaign=iBahia-mashup&cHash=dfb62813b695d035c266ec3016dc732f

21.11.2010 - Aventura trágica: adolescentes decapitadas tinham fugido de casa
Polícia ainda não tem explicação sobre a motivação do crime que chocou os moradores do Engenho Velho de Brotas

Janaína (foto abaixo) e a amiga foram decapitadas
Victor Albuquerque e Camila Botto

victor.silva@redebahia.com.br
camila.botto@redebahia.com.br

Uma aventura de adolescentes que acabou em tragédia.


As amigas Janaína Cristina Brito Conceição, 16 anos, e Gabriela Alves Nunes, 13, fugiram de casa, no Engenho Velho de Brotas, na tarde de quinta-feira, deixando para trás um bilhete que dizia: “Ficaremos bem”. No entanto, a rebeldia lhes custou a vida. Os corpos das jovens foram encontrados decapitados e com marcas de tortura na noite de sexta-feira, no bairro de San Martin.
Na manhã de ontem, parentes reconheceram as vítimas no Instituto Médico-Legal Nina Rodrigues. Segundo o padrinho de Janaína, que não quis se identificar, a adolescente vivia em atrito com o pai, o sargento do Corpo de Bombeiros, Zardival Rubens Bassalo Conceição. “Ele é muito religioso e não queria que ela frequentasse festas até altas horas da noite”, disse. O padrinho contou que chegou a entrar em contato por telefone com Janaína, logo depois que ela fugiu de casa. “Ela me disse que não ia voltar e que estava bem”, afirmou.
Em estado de choque, Flávia Alves, mãe de Gabriela, disse que a filha nunca teve problemas de relacionamento dentro de casa. “Era uma menina boa, se dava bem com todo mundo. Nós sempre demos tudo a ela. Não consigo acreditar que fizeram uma barbaridade dessas com uma criança”, lamentou.
De acordo com Flávia, a filha ainda fez contatos com ela depois que saiu de casa. Por volta das 18h de sexta, Gabriela ligou para mãe dizendo que estava bem. Uma hora depois, a menina fez a segunda chamada, em desespero, dizendo que falaria aonde estava, mas a ligação foi interrompida.
“Eu lembro que ouvi a voz de um homem dizendo a ela que se ela voltasse para casa iria apanhar e a ligação caiu”. Pouco depois das 21h, a família recebeu mais uma ligação. Desta vez, um homem pediu R$ 50 mil de resgate para liberar as duas garotas. “Ele disse que se não pagássemos cortaria a cabeça de minha filha e foi o que fez”.
Zardival, pai de Janaína também recebeu um telefonema pedindo resgate. “O homem me ameaçou e além do dinheiro pediu duas armas, dizendo que sabia que eu era policial”. Segundo ele, nesse momento, o bandido passou o telefone para a jovem. “Ela me falou ‘pai, agora é sério, ele disse que vai me torturar’. Quando falei que não tinha a quantia que ele queria, ele disse: ‘Mil reais dá para você enterrar sua filha?’ e desligou”.
Crueldade Os corpos das duas garotas foram deixados por volta das 23h, na rua Diva Pimentel, em San Martin. Segundo testemunhas, um Fiat Punto de cor verde teria transportado os cadáveres. “Pararam o carro no início da rua, jogaram as meninas e deram um tiro para cima querendo chamar atenção”, conta uma moça que prefere não se identificar. O veículo, de placa JRZ-2320, foi abandonado em seguida na rua Bom Jesus da Lapa, também em San Martin. Segundo a polícia, o local aonde as meninas foram encontradas é um ponto de tráfico de drogas.
O padrinho de Janaína foi até o local. “A cena era chocante, foi de uma crueldade tremenda”, contou. Ele só deu a notícia para o pai da menina na manhã de ontem. “Contei que tinham achado dois corpos, sem dizer que era dela e nós fomos para o IML, chegando lá, ele reconheceu a filha.”
Os corpos de Janaína e Gabriela foram sepultados no final da tarde de ontem

Polícia não tem ideia do motivo do crime.


Na noite de sexta-feira, o pai de Janaína e o padrinho foram até a Delegacia Especializada para a Repressão de Crimes contra a Criança e o Adolescente (Derca) denunciar o sequestro. “Até então era uma fuga. Depois do telefonema passou a ser sequestro, mas infelizmente quando chegamos lá não tinha um delegado para me atender”, afirmou Zardival.
Sem sucesso com a delegacia, os bombeiros contaram com a ajuda da 9ª Companhia de Polícia Militar, de Pirajá. Segundo o padrinho da garota, os policiais conseguiram rastrear as chamadas e chegaram até o local aonde os corpos foram abandonados.
Agora, a morte das duas adolescentes está sendo investigada pela 4ª Delegacia, em São Caetano. A polícia ainda não tem explicação sobre a motivação do crime. Segundo o delegado de plantão, Pedro Calmon, a polícia está trabalhando na identificação de possíveis suspeitos.
O carro onde os corpos foram transportados está detido no pátio da delegacia. De acordo com Calmon, o veículo estava com uma placa clonada. O dono do Fiat Punto já foi localizado e deve prestar esclarecimentos amanhã. Os pais das vítimas também já foram convocados para prestar depoimento.
Ainda segundo a polícia, o veículo havia sido roubado por dois bandidos no último dia 16, no bairro do IAPI. Na noite do crime, uma ocorrência foi registrada na delegacia dando conta de que quatro rapazes dentro do mesmo Fiat Punto passaram atirando pela rua Bahia, no bairro de São Caetano.
Contudo, o delegado não acredita que as jovens já estivessem em poder dos bandidos nesse momento.

Emoção e revolta no enterro das garotas


Os corpos de Janaína e Gabriela foram sepultados no final da tarde de ontem, no cemitério do Campo Santo, na Federação. No local, centenas de amigos e parentes estavam inconformados com o ocorrido. “Ela era uma menina tão doce. Nunca foi de ter problema com ninguém, um amor de pessoa. O que fizeram com ela foi uma barbaridade”, disse Mônica Nascimento, amiga de Janaína. Outra colega que não quis se identificar também se disse chocada. “Ficamos todos muito abalados com a notícia. Foi uma coisa horrível”.
Segundo ela, Janaína era uma pessoa tranquila e que nunca se envolveu em confusões. O mesmo diziam de Gabriela. “Era uma menina direita, que não se misturava com o que não presta. Não tínhamos queixa nenhuma dela”, relatou Marinalva Santos. No velório, parentes de Janaína vestiam uma camisa com a foto da garota e os dizeres: “Eu te amo tanto”. Para a irmã mais velha dela, Maria Barros, foi uma perda irreparável. “É uma dor muito grande. Não consigo acreditar que fizeram isso com minha irmã”.
Para Shirley Góes, o crime serve como um alerta para os jovens. “Duas meninas do bem que foram mortas com tanta crueldade. A gente nunca acha que vai acontecer com algum conhecido, mas isso serve de alerta para mostrar que ninguém está livre”.

Janaina




Enterro das adolescentes


 http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-3/artigo/aventura-tragica-adolescentes-fogem-de-casa-e-sao-decapitadas-por-bandidos/?utm_source=direct&utm_medium=iFrame&utm_campaign=iBahia-mashup&cHash=000dcaade80b7b6bf2fa69a6d19cc2d7

21/11/2010  - Polícia encontra corpos de meninas de 13 e 16 anos decapitadas na Bahia
Família chegou a receber pedido de resgate. Polícia investiga motivação.
Amigas foram enterradas neste sábado (20).
Caroline Hasselmann do G1, em São Paulo

Janaína Brito Conceição, de 16 anos, e Gabriela
Alves Nunes, de 13 anos, foram encontradas decapitadas.
 (Foto: Reprodução/ TV Bahia)



Os corpos de duas adolescentes de 13 e 16 anos foram encontrados, pela polícia, decapitados na madrugada deste sábado (20), em Salvador (BA). Segundo a polícia, Gabriela Alves Nunes de 13 anos e Janaína Brito Conceição de 16 anos estavam desaparecidas há alguns dias. Os corpos foram enterrados na tarde deste sábado (20).
O delegado titular da 4ª Delegacia da Polícia Civil de Salvador, Omar Andrade, afirmou que os corpos das adolescentes foram encontrados numa rua do bairro San Martin e que próximo ao local um carro foi abandonado com portas abertas e porta-malas sujo de sangue. “Os corpos foram deixados lá, mas as adolescentes não foram trucidadas no local”, afirma o delegado.
Segundo ele, a família recebeu uma ligação com pedido de resgate. Algumas pessoas foram ouvidas. “É muito cedo para dizer alguma coisa, mas estamos investigando o caso”, diz.
O padrinho de Janaína, Ricardo Menezes, disse que as adolescentes eram vizinhas e amigas e fugiram de casa na quinta-feira (18). Um bilhete foi deixado por elas afirmando que estavam bem e que não era para as famílias se preocuparem. “A mãe de Janaína ligou para o celular dela, mas não atendeu, até ela que retornou a ligação dizendo que estava bem e que não queria que ninguém fosse atrás dela”, disse.
Disseram que sabiam que eu era policial e por isso queriam duas armas e R$ 50 mil como resgate."Ezardival Bassalo, pai de JanaínaEzardival Bassalo, pai da jovem, contou que na sexta-feira (19), prestou queixa de fuga na Delegacia de Repressão a Crimes contra a Criança e ao Adolescente (Derca) acompanhado de Ricardo. Neste dia, o padrinho disse que conseguiu um último contato com a afilhada.
“Uma pessoa teve que se passar por uma amiga dela para eu conseguir falar. Ela não quis dizer onde estava. Só falou que os pais pegavam no pé dela, que ela queria sair para curtir e não queria voltar para casa. Vi que estava irredutível e pedi que ligasse caso precisasse”, fala.
O pai de Janaína, que é policial militar, conta que no mesmo dia, recebeu ligações com pedido de resgate “Disseram que sabiam que eu era policial e por isso queriam duas armas e R$ 50 mil como resgate”. Ele conta que conseguiu rastrear o endereço de onde pertencia o celular e afirmou que o local era o mesmo onde as adolescentes foram encontradas mortas. Ele afirma que sempre preferiu que a filha não saísse sozinha com as amigas, por isso ele ou a esposa sempre a acompanhava.
Foi uma brutalidade. Por que essa violência?"Cosme Raimundo Paranhos, avô de GabrielaGabriela Alves Nunes de 13 anos morava com os avós. Cosme Raimundo Paranhos, avô da adolescente, disse que soube que as meninas haviam fugido quando chegou do trabalho na quinta-feira (18). No outro dia, também receberam a ligação com o mesmo pedido de resgate Gabriela falou com a avó. “Ela disse que tinham cortado a testa dela e ameaçaram decepar o pescoço”, conta Cosme.
Ele afirma que a neta sempre utilizava internet e acha que ela conheceu pessoas erradas nos sites de relacionamentos, apesar de sempre orientá-la. A esposa dele está em estado de choque. “Ela está em estado de choque. Foi uma brutalidade. Por que essa violência?”, pergunta o avô abalado.
Elas foram enterradas na tarde de sábado.

http://g1.globo.com/brasil/noticia/2010/11/policia-encontra-corpos-de-meninas-de-13-e-16-anos-decapitadas-na-bahia.html

22/11/2010 - Parentes de garotas decapitadas serão ouvidos nesta segunda
Adolescentes foram mortas na última sexta-feira em Salvador, em Fazenda Grande do Retiro
Do R7, com rádio SociedadE

Os familiares das garotas mortas a tiros e depois decapitadas na última sexta-feira (19), Janaína Cristina Brito Conceição, de 16 anos, e Gabriela Alves Nunes, 13 anos, deverão prestar depoimento à polícia nesta segunda-feira (22). O crime ocorreu em Salvador, no bairro Fazenda Grande do Retiro.
Segundo o delegado titular da 4ª Delegacia, Omar Leal, o dono do chip eletrônico do qual saíram as últimas ligações para os pais das vítimas, Cleiton Alcântara, será investigado por um suposto envolvimento no crime.
De acordo com Omar, ele foi reconhecido pelos familiares das meninas e, por isso, passará por uma acareação com data ainda não definida pela polícia.

Bilhetes e tortura


Por volta das 15h de quinta-feira (18), familiares das meninas encontraram bilhetes em que elas avisavam a fuga. No sábado, o padrinho de Janaína Conceição, de 16 anos, chegou a ligar para o celular dela e pediu que as jovens retornassem para casa. Ela não concordou e o telefonema foi encerrado.
Por volta de 20h de sexta, a família recebeu telefonemas informando o sequestro. Segundo um parente contou à polícia, Janaína disse que estava sendo torturada e pediu o pagamento de R$ 50 mil. Entretanto, as ligações cessaram e, horas depois, os corpos foram achados.
A polícia aguarda a conclusão de laudo do IML (Instituto Médico legal), que examinou os corpos, o que deve ocorrer nas próximas semanas. Os corpos foram enterrados no sábado (20).
Com informações do repórter Felipe Santana, da rádio Sociedade.

http://noticias.r7.com/cidades/noticias/parentes-de-garotas-decapitadas-serao-ouvidos-nesta-segunda-na-ba-20101122.html



Colabore com o Centro Sócio-cultural 1º de maio no desenvolvimento de  ações preventivas e de combate à violência no bairro de Fazenda Grande do Retiro. Filie-se!
 23/11/2010 - Encontro marcado pela internet pode ter motivado fuga de jovens decapitadas
Três suspeitos de participar do crime já foram identificados pela polícia
Do R7

A Polícia Civil de Salvador (BA) diz acreditar que um encontro marcado pela internet pode ter motivado a fuga de duas adolescentes que foram decapitadas, na última sexta-feira (19). O delegado Omar Leal, do 4º DP, levantou esta hipótese com base nos depoimentos dos familiares das vítimas.
Na última quinta (18), as garotas fugiram de casa. Até o começo da noite de sexta-feira, as amigas mantiveram contato com os pais e com amigos dizendo que estavam bem. Por volta das 20h, elas ligaram novamente para as famílias e relataram que foram sequestradas e torturadas. Os suspeitos pediram R$ 50 mil mais duas armas pelo resgate. Horas depois, os corpos das adolescentes foram encontrados sem as cabeças, no bairro Fazenda Grande do Retiro, em Salvador.
De acordo com Leal, a polícia trabalha com a hipótese de que as meninas conheceram os criminosos pela internet e planejaram fugir para a casa deles. Ao descobrirem que uma delas era filha de policiais, os traficantes da região decidiram matá-las após o sequestro.
A polícia diz acreditar que três homens sejam os autores do crime. Eles têm passagens por tráfico de drogas e um deles já respondeu também por homicídio. A suspeita é de que o trio comanda o tráfico de drogas na região onde os corpos foram encontrados.
Nesta terça-feira (23), a polícia continuava com as buscas pelos suspeitos com mandados de prisão preventiva.

http://noticias.r7.com/cidades/noticias/encontro-marcado-pela-internet-pode-ter-motivado-fuga-de-jovens-decapitadas-20101123.html

23/11/2010 - Polícia identifica suspeitos de decapitar adolescentes
Peritos analisam o local onde os corpos das garotas foram deixados
Por Ruan Melo

De acordo com policiais da 4ª Delegacia (São Caetano), os homens conhecidos como ”Iso”, “Lequinho” e Adriano são os suspeitos do sequestro e decapitação das adolescentes Janaína Cristina Conceição, 16, e Gabriela Alves Nunes, 13, cujos despojos foram encontrados numa transversal da Avenida San Martin, na sexta-feira (19). Os suspeitos têm passagem pela polícia e são ligados ao tráfico na Rocinha da Divinéia. O delegado Omar Andrade, que está à frente das investigações, preferiu não revelar, por enquanto, o nome completo dos envolvidos.
A polícia descobriu que após fugirem de casa, as meninas foram à residência de uma mulher em Nova Divineia, no bairro do IAPI, onde foram vistas pela última vez na quinta-feira (18). Segundo as investigações, os suspeitos conheciam a dona da casa. A participação dessa mulher, que teria entregado as adolescentes para os traficantes, está sendo apurada.
Os computadores usados pelas adolescentes serão periciados, em busca de pistas sobre o caso, já que a polícia acredita que as meninas conheceram os criminosos através de sites de relacionamento. Segundo familiares, Gabriela ligou para a avó e disse que estava sendo torturada. “Ela (Gabriela) dizia assim: “Minha avó, eles me cortaram toda. Se a senhora não me der R$ 50 mil, eles vão me matar”.
As adolescentes teriam fugido de casa na tarde da quinta-feira (18). No dia seguinte, chegaram a fazer contato, por telefone, com os familiares. À noite, as famílias das garotas passaram a receber pedidos de resgate através de ligações. Horas depois, os corpos das jovens foram encontrados decapitados.

http://aqueimaroupa.com.br/?p=31587

24.11.2010 - Polícia divulga fotos e caça sanguinários da Nova Divineia
Buscas foram realizadas no bairro do IAPI, onde as jovens foram torturadas e mortas, mas nenhum deles foi encontrado
Bruno Wendel
Redação CORREIO
bruno.cardoso@redebahia.com.br
Acusados de terem assassinado as adolescente Janaína Cristina Brito Conceição, 16 anos, e Gabriela Alves Nunes, 13, que foram encontradas decapitadas na última sexta-feira, na San Martin, Alex dos Santos Silva, 21, o “Lequinho”, Risovaldo Hora Costa, 20 anos, conhecido como “Riso” e Adriano Silva Nunes, 22, tiveram a prisão temporária decretada ontem pela Justiça.
Buscas foram realizadas no bairro do IAPI, onde as jovens foram torturadas e mortas, mas nenhum deles foi encontrado. Os três registram passagens na polícia por diversos crimes e teriam envolvimento na morte do policial federal Leonardo Maia Fonseca, baleado e morto em março de 2009. À época, o policial investigava um crime eleitoral quando foi descoberto na Nova Divineia.
Ontem, durante as buscas na comunidade, policiais encontram o pai de Lequinho, Valfredo Miranda e Silva, 46, condenado a cinco anos de reclusão por roubo e tráfico de drogas. Conduzido à 4ª Delegacia, em São Caetano, ele disse que tinha conhecimento dos erros de Lequinho. “Não tenho mais contato com ele. Estou tranquilo com a minha prisão”, declarou Valfredo, visivelmente embriagado.
Uma das avós de Adriano foi levada à delegacia. A idosa confirmou que o neto tem envolvimento com a criminalidade e que o pai está sofrendo com o possível envolvimento do filho na morte brutal das adolescentes, mas não sabe o paradeiro do neto. A polícia também levou para interrogatório na 4ª DP um casal de adolescentes. Segundo a polícia, o rapaz teria ligação com o bando dos três acusados de terem matado as jovens. Os dois acabaram liberados por falta de provas.

Impiedosos


Até alguns meses atrás, o tráfico da Nova Divineia era liderado por um homem conhecido como Branco. Com a sua saída, as ordens passaram a ser dadas por Lequinho, que já foi preso por policiais da 2ª Delegacia, na Lapinha, em setembro de 2007.
Dias depois, fugiu com demais presos através de um buraco na carceragem. Segundo a polícia, em agosto, ele e seu bando fuzilaram os irmãos Djailton e Ivanildo Santos Souza. As execuções dos rivais foram realizadas no IAPI, assim como a morte de Ginay Maia Carvalho, a Gina. Na ocasião, Lequinho teria descarregado um revólver calibre 38 na jovem, que morreu na porta de casa. Já Risovaldo e Adriano têm várias entradas por roubo e tráfico, entre elas a Delegacia de Repressão a Furtos e Roubo. O bando também é formado por Ednei e Anderson, o Chuckie.

Medo faz moradores ficarem em silêncio

Leo Barsan

Medo e silêncio imperam na comunidade Nova Divineia, IAPI. Moradores preferem não comentar a barbárie. Ontem pela manhã, duas adolescentes que passavam pela Rua da Vala, próxima ao local onde Janaína e Gabriela foram torturadas, avistaram o carro do CORREIO e comentaram: “Seria bom se a gente pudesse falar”. Mas seguiram, sem dar declarações. A comunidade também se queixa da ação da polícia. “Ano passado, quando mataram um policial federal nessa região, eles (os policiais) vieram logo e mataram cinco. Nesse caso, a polícia já sabe quem foi e até agora não resolveu. A gente tem que torcer para que outro policial seja morto. Só assim a polícia vem aqui e mata o resto dos bandidos”, disse um morador.
A reclamação dele refere-se à ação da polícia em março do ano passado, quando o policial federal Leonardo Fonseca foi morto a tiros quando ia entregar uma intimação na comunidade Nova Divineia. Mas, de acordo com o secretário de Segurança Pública, César Nunes, a polícia tem trabalhado com o mesmo rigor. “Tem investigação que a descoberta da autoria é imediata, como no caso do policial. No caso das adolescentes, a polícia está em campo e já identificou três suspeitos que estão sendo caçados”, argumentou.

http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-1/artigo/policia-divulga-fotos-e-caca-sanguinarios-da-nova-divineia/?utm_source=direct&utm_medium=iFrame&utm_campaign=iBahia-mashup&cHash=c15cfeb1374673280fdb82c365a821ae

23/11/2010 - Vìdeo da Reportagem do Jornal Bahia no Ar traz o depoimento da avó de Gabriela:
http://www.youtube.com/watch?v=mmOQ2xBtWsY&feature=player_embedded#!

23/11/2010 - Familiares de adolescentes degoladas na San Martin protestam na Avenida Vasco da Gama
Thiago Pereira

Familiares, amigos e vizinhos das jovens Janaína Cristina Brito Conceição, de 16 anos, e Gabriela Alves Nunes, 13, assassinadas no último final de semana, realizaram um protesto na Avenida Vasco da Gama, em Salvador, na noite desta terça-feira (23).
De acordo com a Superintendência de Trânsito e Transporte de Salvador (Transalvador), os manifestantes fecharam os dois sentidos da avenida, nas imediações da agência da Caixa Econômica, provocando um congestionamento de grandes proporções.
O protesto foi encerrado por volta das 18h40. O trânsito, no entanto, permaneceu lento até as 19h.
(...)
Durante esta manhã, policiais realizaram diligências em busca dos acusados, mas não tiveram sucesso. O delegado titular da 4ª DP, Omar Andrade Leal, não descartou a hipótese das jovens terem sido mortas após os criminosos terem descoberto que uma delas era filha de um policial militar. A suspeita é de que as jovens conheceram os assassinos em sites de relacionamento.

http://www.tribunadabahia.com.br/news.php?idAtual=65765

25/11/2010 - Polícia interroga acusada de aliciar garotas mortas decapitadas A polícia ouviu nesta quinta-feira (25) uma mulher acusada de aliciar as duas garotas que foram encontradas degoladas no fim de semana, na Av. San Martin, em Salvador. Segundo os investigadores, as garotas teriam passado a noite na casa da acusada antes do crime. A mulher foi ouvida fora da 4ª Delegacia, localizada em São Caetano, para para driblar a imprensa. Os agentes também encontram uma mochila que seria de uma das vítimas.
Os três traficantes suspeitos do duplo homicídio são Alex dos Santos Silva, 21, o “Lequinho”, Risovaldo Hora Costa, 20 anos, conhecido como “Riso” e Adriano Silva Nunes, 22. Os três tiveram a prisão decretada, mas continuam foragidos.

http://www.aratuonline.com.br/noticia/54553,policia-interroga-acusada-de-aliciar-garotas-mortas-decapitadas.html

28/11/2010 - Preso um dos suspeitos por decapitação de adolescentes
João Eça, do A TARDE
Foto de Margarida Neide
Um dos suspeitos pela decapitação das adolescentes Janaína Cristina Conceição, 16, e Gabriela Alves Nunes, 13, no bairro do IAPI, na sexta-feira, 19, foi preso na tarde deste domingo, 28. Adriano Silva Nunes, 22, confirmou sua participação no crime, mas disse que não matou nem torturou as adolecentes, garantindo que foi obrigado pelos outros dois suspeitos a recolher os restos dos corpos de Gabriela e Janaína para jogá-los num local deserto da Avenida San Martin, conhecido ponto de "desova" de cadáveres.
Adriano foi preso na Praia da Preguiça, no Comércio, depois que populares o reconheceram e tentaram linchá-lo. Na versão de Adriano, ainda não oficial, ele mesmo teria ligado para polícia para evitar o agravamento da agressão. Ele teria perdido um dente na confusão.
O suspeito afirmou ainda que sua família não o aceitou em casa e que, por isso, ficou perambulando pelas ruas. Ele foi preso pela 16ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) e levado para a 4ª Delegacia, localizada em São Caetano, onde foi ouvido.
O major PM Washington Luiz Plácido, comandante da guarnição que o prendeu, disse que Adriano acusou as duas adolescentes de serem usuárias de drogas e que uma delas, Gabriela, era namorada de um dos suspeitos, Risovaldo Hora Costa, 20 anos, o "Riso". E repetiu que só participou do transporte dos restos dos corpos das garotas porque foi ameaçado de morte.
Até a noite, Adriano continuava prestando depoimento, ao delegado titular Omar Leal Andrade.
Durante a caçada aos assassinos de Janaína e Gabriela, policiais civis detiveram duas pessoas, na última sexta à tarde. Os dois rapazes de 17 anos foram conduzidos à 4ª Delegacia, em São Caetano, onde foram interrogados e, em seguida, liberados.
A polícia ainda procura "Riso" e o outro suspeito, Alex dos Santos Silva, 21, o "Lequinho".

http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=5656317

29/11/2010 - ACUSADO DE DECAPITAR ALEGA QUE FOI OBRIGADO
Foto: Andréa Farias/ Correio
O acusado de ter degolado duas adolescentes no IAPI (Gabriela Alves Nunes, 13 anos, e Janaína Cristina Brito Conceição, 16 anos), Adriano Silva Nunes, 21, foi preso neste domingo (28) após ter sido identificado na praia da Preguiça, na Avenida Contorno. Ele fumava maconha quando foi abordado pelos rapazes, que queriam dividir a droga. Como ele se negou, começou uma discussão e os rapazes reconheceram sua face - as fotos de Adriano e de outros dois acusados, Alex dos Santos Silva, 21, o Lequinho, e Risovaldo Hora Costa, 20, o Riso, foram divulgadas em jornais. Após ser reconhecido, Adriano foi agredido e teve as roupas arrancadas por pessoas que estavam na praia. O coordenador Regional do Comando do Policiamento da Capital, que cuida das áreas da Baía de Todos os Santos, major Washington Luís Plácido, falou sobre as declarações do acusado. “Ele disse que não participou do assassinato. Que apenas recolheu os corpos, colocou dentro de um carro e levou para San Martin. Adriano falou que fez isso porque foi ameaçado de morte por Riso e Lequinho”, contou. Outro PM, que acompanhou o depoimento, afirmou que o acusado revelou que as meninas conheciam o grupo e que Gabriela namorava com Riso. Informações do Correio.
http://www.bahianoticias.com.br/noticias/noticia/2010/11/29/79839,acusado-de-decapitar-alega-que-foi-obrigado.html

30.11.2010 - Perito afirma que garotas estavam vivas quando foram decapitadas
No dia que os corpos foram encontrados, Gabriela e Janaína não apresentavam sinais evidentes de imobilização
Bruno Wendel
REdação CORREIO
bruno.cardoso@redebahia.com.br
A separação da cabeça do corpo foi o que causou as mortes de Gabriela Alves Nunes, 13 anos, e Janaína Cristina Brito Conceição, 16, assassinadas no último dia 19, no IAPI. O perito criminal Fábio André Lima, do Departamento de Polícia Técnica (DPT), disse ontem que a decapitação foi realizada por vários golpes de facão no mesmo ponto e com emprego de muita força.
Lima foi o responsável pelo levantamento cadavérico do crime que teve repercussão internacional, devido a frieza de seus executores.
Foi através da análise dos corpos das duas vítimas que o perito chegou a essa conclusão, confirmada por outro profissional do DPT. “Conversei com o médico-legista que examinou o corpo e ele confirmou que as jovens morreram na decapitação”.
No dia que os corpos foram encontrados, Gabriela e Janaína não apresentavam sinais evidentes de imobilização. O perito suspeita que elas tenham sido dopadas. “Para confirmar isso será realizado o exame toxicológico”, disse.
As costas de Gabriela e Janaína estavam ilesas, mas no tórax haviam alguns cortes, provavelmente realizados durante a decapitação. A situação é indício de que elas estavam de frente quando foram atacadas pelos seus algozes.

Torturas


O perito confirmou que as meninas foram torturadas. “Eles tiveram parte do cabelo arrancado e Gabriela apresentava uma lesão na cabeça”. Segundo ele, reforçando sua análise sobre a causa das mortes, o ferimento na cabeça de Gabriela era superficial - ou seja, não provocaria a morte iminente.
O perito criminal Fábio Lima observou ainda que Gabriela e Janaína não apresentavam sinais externos de violências sexual. “Mas serão realizados exames específicos para comprovar se as vítimas foram estupradas”. Este resultados - assim como os demais, como análise das impressões digitais do Fiat Punto usado no crime - devem ser divulgados em até 30 dias pelo DPT.
Ontem, durante novas diligências do caso, policiais da 4ª Delegacia, em São Caetano, estiveram na Nova Divinéia e conduziram uma comerciante à delegacia. Ela foi levada para ser ouvida pelo delegado Omar Andrade Leal, pois foi citada no depoimento de Adriano Silva Nunes, 22 anos, um dos acusados de terem matado Gabriela e Janaína.

PRISÃO


Preso anteontem na Praia da Preguiça, Adriano afirmou que a única vez que teve contato com as meninas foi quando ele e as duas jovens estavam em um bar da comerciante junto com Alex dos Santos Silva, 21, o Lequinho, e Risovaldo Hora Costa, 20, o Riso, também acusados de terem cometido o crime.
Disse ainda que sua única participação no crime foi transportar os corpos ensacados do IAPI para a San Martin.
Embora o delegado Omar Leal tenha se negado dar informações sobre o depoimento de ontem à tarde, a comerciante negou a versão de Adriano ao deixar a delegacia. Ela disse que nunca viu as meninas e que, na sexta-feira, Adriano e os comparsas não foram ao estabelecimento. “Olhe que lá frequentam várias pessoas, mas não vi nem elas e nem eles por lá”.
Adriano foi preso após se recusar a dividir um baseado de maconha, no último sábado, na Praia da Preguiça, avenida Contorno. Ele disse “não” a dois homens que o abordaram pedindo umas tragadas da droga.
Em meio à discussão, um dos rapazes o reconheceu como um dos assassinos de Gabriela e Janaína. Após ser reconhecido, Adriano foi agredido e teve as roupas arrancadas por pessoas que estavam na praia. Durante a tentativa de linchamento, policiais da 16ª CIPM, no Comércio, foram acionados.
Quando três PMs chegaram à praia, Adriano havia fugido. Após denúncias de algumas pessoas que estavam ali, a polícia soube que ele era um dos homens que procuram há mais de uma semana.
Mesmo com a boca sangrando e várias escoriações pelo corpo, o acusado entrou no mar e conseguiu nadar até a Bahia Marina, ao lado da praia da Preguiça. Ele foi encontrado pelos PMs embaixo da pista da avenida, apenas de cueca, após ter sido rendido por um segurança.

http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-1/artigo/perito-afirma-que-garotas-estavam-vivas-quando-foram-decapitadas/

01.12.2010 - Imagens revelam 4º suspeito de degolar adolescentes
De acordo com depoimento prestado na 4ª DP, Adriano disse que conheceu Branco e os outros dois bandidos no dia do assalto
Bruno Wendel -
bruno.cardoso@redebahia.com.br

Momentos antes da decapitação de Gabriela Alves Nunes, 13 anos, e Janaína Cristina Brito Conceição, 16, um dos acusados de cometer o crime foi filmado roubando um mercadinho em uma região próxima ao local das mortes. Nas imagens, concedidas ontem à noite pela polícia, no dia 19 de novembro, Adriano Silva Nunes, 22 anos, preso no último final de semana, chegou ao local com o traficante Branco - suspeito de envolvimento nas mortes, porém desconhecido da polícia - e dois bandidos ligados a ele em um Fiat Punto - o mesmo usado cerca de duas horas depois para transportar os corpos das jovens do IAPI para a avenida San Martin.

A polícia acredita que o motorista do Punto, embora não tenha deixado o veículo durante a ação, seja a mesma pessoa que transportou Adriano e outros dois acusados da execução: Alex dos Santos Silva, 21, o Lequinho, e Risovaldo Hora Costa, 20, que continuam foragidos.
Durante o assalto, que durou cerca de dois minutos, o bando roubou o caixa, além de clientes. Em diligência no final da noite de ontem, policiais da 4ª Delegacia, em São Caetano, tiveram acesso às imagens. Às 18h02, os bandidos chegam armados ao mercadinho e rendem clientes e funcionários. De pele clara, usando uma camisa com listras horizontais, calça escura e tênis, Branco comanda toda a ação da porta do estabelecimento, enquanto Adriano (de boné, camiseta preta e bermuda verde) e o terceiro bandido (trajando calça jeans, camisa clara e boné preto) levavam as vítimas para o depósito, onde eram saqueadas. Nas imagens, Branco aparece usando uma pistola, enquanto os demais revólveres.
De acordo com depoimento prestado na 4ª DP, Adriano disse que conheceu Branco e os outros dois bandidos no dia do assalto e que um dos comparsas de Branco conduziu o Punto para Lequinho e Riso, aos quais atribui as execuções. Segundo ele, sua participação foi pôr e retirar os corpos no veículo. Disse ainda que, do roubo, recebeu R$ 100 e um celular, que ele trocou por crack.

http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-1/artigo/imagens-revelam-4o-suspeito-de-degolar-adolescentes/

02.12.2010 - Policiais tentam localizar novo suspeito de degolar jovens
Ontem, agentes da 4ª delegacia, em São Caetano, foram informados sobre o nome e o paradeiro de Branco, mas não tiveram sucesso
Redação CORREIO

A Polícia Civil busca identificar o traficante conhecido como Branco, suspeito de participar das mortes de Gabriela Alves Nunes, 13 anos, e Janaína Cristina Brito Conceição, 16, no bairro do IAPI. Ontem, agentes da 4ª Delegacia, em São Caetano, foram informados sobre o nome e o paradeiro de Branco, mas não tiveram sucesso.
Momentos antes do crime, no dia 19 de novembro, ele, Adriano Silva Nunes, 22 anos, preso no último final de semana, e dois bandidos foram filmados assaltando um mercadinho, situado numa região próxima ao local das execuções. Na ocasião, eles chegaram em um Fiat Punto - o mesmo usado posteriormente para transportar os corpos das jovens do IAPI para a avenida San Martin.
A polícia ainda não tem pistas de Alex dos Santos Silva, 21, o Lequinho, e Risovaldo Hora, 20, o Riso, que têm prisões decretadas pela Justiça.
Perito afirma que garotas estavam vivas quando foram decapitadas
A separação da cabeça do corpo foi o que causou as mortes de Gabriela Alves Nunes, 13 anos, e Janaína Cristina Brito Conceição, 16, assassinadas no último dia 19, no IAPI. O perito criminal Fábio André Lima, do Departamento de Polícia Técnica (DPT), disse ontem que a decapitação foi realizada por vários golpes de facão no mesmo ponto e com emprego de muita força.
Lima foi o responsável pelo levantamento cadavérico do crime que teve repercussão internacional, devido a frieza de seus executores.
Foi através da análise dos corpos das duas vítimas que o perito chegou a essa conclusão, confirmada por outro profissional do DPT. “Conversei com o médico-legista que examinou o corpo e ele confirmou que as jovens morreram na decapitação”.
No dia que os corpos foram encontrados, Gabriela e Janaína não apresentavam sinais evidentes de imobilização. O perito suspeita que elas tenham sido dopadas. “Para confirmar isso será realizado o exame toxicológico”, disse.
As costas de Gabriela e Janaína estavam ilesas, mas no tórax haviam alguns cortes, provavelmente realizados durante a decapitação. A situação é indício de que elas estavam de frente quando foram atacadas pelos seus algozes.
http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-2/artigo/policiais-tentam-localizar-novo-suspeito-de-degolar-jovens/


03/12/2010 - Polícia prende mais dois suspeitos pela decapitação de adolescentes
João Eça, do Grupo A TARDE*

Dois suspeitos de participação no assassinato das adolescentes Gabriela Alves Nunes, de 13 anos, e Janaína Cristina Brito Conceição, de 16 anos, encontradas decapitadas na Avenida San Martin no dia 19 de novembro, foram presos na tarde desta sexta-feira, 3.
Os irmãos Cristiano e "Wil" foram encontrados na localidade de Conceição, no município de Vera Cruz, por policiais da Delegacia de Furtos e Roubos.
De acordo com a polícia, buscas já vinham sendo feitas na região há 15 dias, e os dois elementos são novos personagens na investigação policial. Os dois são da comunidade de Nova Divineia, no bairro do IAPI.
Os presos devem ser apresentados neste final de semana pelo delegado-chefe da Polícia Civil, Joselito Bispo, ou pelo Secretário de Segurança Pública, César Nunes.
Até o momento, já foi preso Adriano Silva Nunes, de 22 anos. Alex dos Santos Silva, "Lequinho", 21, Risovaldo Hora Costa, "Riso", 20, e um homem conhecido como "Branco" continuam foragidos e são procurados pela polícia.
http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=5658601

04/12/2010 - Polícia prende mais dois suspeitos de estuprar e decapitar meninas na BA
Crime ocorreu no dia 20 de novembro em Salvador
Do R7, com Rádio SociedadeTexto:

A polícia prendeu, na sexta-feira (3), mais duas pessoas suspeitas de envolvimento na morte de duas adolescentes no bairro de San Martin, em Salvador (BA), no dia 20 de novembro deste ano. As meninas, uma de 13 e outra de 16 anos, foram encontradas sem as cabeças. A perícia também concluiu que elas foram estupradas antes do crime.
Os suspeitos são irmãos e foram encaminhados para a Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos, na Baixa do Fiscal. Um terceiro homem está sendo procurado. No total, cinco pessoas já foram detidas por suspeita de participação nas mortes.

O crime

O delegado Omar Andrade Leal não descarta a hipótese das jovens terem sido mortas depois que os bandidos descobriram que uma delas era filha de um policial. De acordo com ele, as jovens podem ter conhecido os criminosos em sites de relacionamento.
No dia 19 de novembro, uma quinta-feira, as garotas fugiram de casa. Até o começo da noite de sexta (20), as amigas mantiveram contato com os pais e com amigos dizendo que estavam bem. Por volta das 20h, elas ligaram novamente para as famílias e relataram que foram sequestradas e torturadas.

Polícia prende terceiro suspeito

Os suspeitos pediram R$ 50 mil mais duas armas pelo resgate. Horas depois, os corpos das adolescentes foram encontrados sem as cabeças, no bairro Fazenda Grande do Retiro, em Salvador.
Os investigadores do caso acreditam que as meninas chegaram a uma praça à procura de três rapazes. Como não encontraram os três jovens, pediram água em uma casa. Logo após, elas retornaram à praça, encontraram os rapazes e passaram a beber com eles. Depois, foram estupradas antes de serem mortas.
O crime aconteceu no mês passado e, de acordo com a polícia, o mandante é um homem conhecido como “Branco”.
http://noticias.r7.com/cidades/noticias/policia-prende-mais-dois-suspeitos-de-estuprar-e-decapitar-meninas-na-ba-20101204.html

3/12/2010 - Polícia prende mais dois suspeitos do caso das jovens decapitadas
REDAÇÃO DO ITAPOAN ON LINE

A polícia prendeu, nesta sexta-feira (03), mais duas pessoas suspeitas de envolvimento na morte das jovens Gabriela Nunes, de 13 anos, e Janaína Brito Conceição, de 16 anos, na Ilha de Itaparica. O crime aconteceu no mês passado e, de acordo com a polícia, o mandante é um homem conhecido como “Branco”.
Os corpos das adolescentes foram encontrados na madrugada de sábado (20) sem as cabeças e com marcas de tiros. As duas adolescentes foram mortas com requintes de crueldade no inicio da avenida San Martin. O caso está sendo investigado pela 4ª Delegacia, em São Caetano.
Confira a matéria completa exibida hoje (03), no Bahia Record:
http://www.youtube.com/watch?v=62SczDRZ4s4&feature=player_embedded

http://www.itapoanonline.com/main/plantao/noticia.aspx?nid=113407



Colabore com o Centro Sócio-cultural 1º de maio no desenvolvimento de ações preventivas e de combate à violência no bairro de Fazenda Grande do Retiro. Filie-se!
06.12.2010 - Assaltante comparsa de Lequinho dá detalhes sobre execução das adolescentes decapitadas

Cris e o irmão têm envolvimento em assaltos, especialmente nos do tipo "saidinha bancária"
Redação CORREIO

Cris negou envolvimento direto nas mortes
Foto: Divulgação/SSP
 Um dos suspeitos de ter ligação com a morte das duas adolescentes Gabriela Alves Nunes, de 13 anos, e Janaína Brito Conceição, de 16 anos, deu mais detalhes sobre as circunstâncias do assassinato das jovens, que foram decapitadas e tiveram os corpos abandonados na avenida San Martin. Preso desde a sexta-feira, Jarbas Cristiano Chaves de Souza, o Cris, 24 anos, negou ter envolvimento direto no assassinato das garotas. Ele e seu irmão Wisley Chaves de Souza, o Will, foram detidos em Aratuba, na Ilha de Itaparica, e apresentados à imprensa nesta segunda-feira (6).
Segundo Cris, ele faz parte do bando de Lequinho, apontado como o mandante da execução das adolescentes. Ele disse que participou, com Adriano e outros dois comparsas, de um assalto a um depósito de bebidas, em Pero Vaz, quando foi usado o Fiat Punto que depois serviu para abandonar os corpos das garotas na San Martin.
Depois do roubo, o bando foi para a Nova Divinéia, onde encontraram Lequinho com as duas adolescentes. Lequinho disse a todos que Janaína namorava Alan, líder do tráfico na região de Manguinho, no Engenho Velho da Federação. O grupo pretendia invadir o Manguinho e perguntaram às adolescentes onde Alan escondia as armas e as drogas. Janaína teria indicado um lugar onde seria o esconderijo de Alan.
Logo depois, Lequinho telefonou para um comparsa, ainda não identificado, que disse que a informação das garotas era mentira e que elas estavam tentando atraí-los para uma armadilha, por serem íntimas dos traficantes do Manguinho. Depois disso, segundo o depoimento de Cris, as duas começaram a ser agredidas com socos e pontapés. Nessa hora, Cris disse que saiu para comprar comida e que Lequinho passou por ele com um facão, dizendo que iria amolá-lo.
Cris negou ter envolvimento na execução das adolescentes, dizendo que passou todo o tempo vigiando um ponto que dá acesso à comunidade para o caso da polícia chegar - segundo ele, quem espancou e assassinou as meninas foram Lequinho, Branco, Adriano e Riso. Preso desde a última semana, Adriano negou ter executado as duas e disse que só ajudou a "desovar" os corpos. O grupo se reuniu e decidiu abandonar os corpos no local conhecido como Malocão, na avenida San Martin - para tentar atribuir a culpa a outra quadrilha de traficantes, que atua na área.
Cris e o irmão têm envolvimento em assaltos, especialmente nos do tipo "saidinha bancária" e foram presos em uma investigação para coibir este tipo de crime. Com eles, foi apreendido um celular que contém mensagens que podem ajudar a polícia na investigação. Os dois estão detidos na Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR). Segundo a Secretaria de Segurança Público (SSP) as buscas por Lequinho e Riso foram intensificadas.

http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-3/artigo/assaltante-comparsa-de-lequinho-da-detalhes-sobre-execucao-das-adolescentes-decapitadas/

15.12.2010 - Polícia identifica sexto suspeito de participação na decapitação de adolescentes

Danilo Rocha de Carvalho, de 18 anos, foi denunciado por Jarbas Cristiano Chaves de Souza e Adriano Silva Nunes
Redação CORREIO

Foto: Divulgação/Polícia Civil
Danilo seria o sexto autor do crime e está foragido
Policiais da 2ª delegacia da Liberdade que investigam a identidade dos envolvidos na decapitação de duas adolescentes, em 18 de novembro deste ano na Nova Divinéia, identificaram o sexto suspeito de participação no crime. Danilo Rocha de Carvalho, de 18 anos, é mais conhecido como Cacaroto. Ele foi denunciado por Jarbas Cristiano Chaves de Souza e Adriano Silva Nunes como um dos autores do crime e, inclusive, estaria presente no momento em que as meninas foram mortas. Ele ainda é acusado de participar das mortes do policial Edmilson Nascimento, em dezembro do ano passado, e do artista de rua Gildenor Ferreira de Oliveira, conhecido como Chaplin da Barra, em janneiro deste ano. Daniloe stá foragido.
Entenda o crime:

As duas meninas, as estudantes Gabriela Alves Nunes, de 13 anos, e Janaína Cristina Brito Conceição, de 16 anos, foram encontradas decapitadas na Avenida San Martin. A investigação apontou que elas foram mortas em uma casa em construção na Nova Divinéia e tiveram os corpos abandonados na San Martin para dispistar a polícia.
Dois suspeitos de participação no crime foram detidos no início do mês na Ilha de Itaparica. Jarbas Cristiano Chaves de Souza, o Cris, 24 anos, foi preso junto ao irmão e contou à polícia qual teria sido a motivação do crime bárbaro.
Segundo Cris, ele faz parte do bando de Lequinho, apontado como o mandante da execução das adolescentes. Ele disse que participou, com Adriano, que já está preso, e outros dois comparsas, de um assalto a um depósito de bebidas, em Pero Vaz, quando foi usado o Fiat Punto que depois serviu para abandonar os corpos das garotas na San Martin.
Depois do roubo, o bando foi para a Nova Divinéia, onde encontraram Lequinho com as duas adolescentes. Lequinho disse a todos que Janaína namorava Alan, líder do tráfico na região de Manguinho, no Engenho Velho da Federação. O grupo pretendia invadir o Manguinho e perguntaram às adolescentes onde Alan escondia as armas e as drogas. Janaína teria indicado um lugar onde seria o esconderijo de Alan.
Logo depois, Lequinho telefonou para um comparsa, ainda não identificado, que disse que a informação das garotas era mentira e que elas estavam tentando atraí-los para uma armadilha, por serem íntimas dos traficantes do Manguinho. Depois disso, segundo o depoimento de Cris, as duas começaram a ser agredidas com socos e pontapés. Nessa hora, Cris disse que saiu para comprar comida e que Lequinho passou por ele com um facão, dizendo que iria amolá-lo.
Cris negou ter envolvimento na execução das adolescentes, dizendo que passou todo o tempo vigiando um ponto que dá acesso à comunidade para o caso da polícia chegar - segundo ele, quem espancou e assassinou as meninas foram Lequinho, Branco, Adriano e Riso.

http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-3/artigo/policia-identifica-sexto-suspeito-de-participacao-na-decapitacao-de-adolescentes/

28/12/2010 - Polícia prende mais um bandido que decapitou duas garotas

A polícia prendeu mais um dos envolvidos na morte das duas adolescentes decapitadas no mês passado, em Salvador. O acusado estava em um centro de recuperação para dependentes químicos, em Simões Filho. Três suspeitos continuam foragidos. Reveja a matéria:



http://www.itapoanonline.com/main/plantao/noticia.aspx?nid=115503

28/12/2010 - Polícia prende mais um acusado no caso de decapitação
Danilo Carvalho, conhecido como Cacaroto, foi capturado em Simões Filho
Vídeo onde o acusado responde a perguntas relacionadas ao caso,  no link abaixo.
http://www.atarde.com.br/videos/index.jsf?id=5667138

30/12/2010 - Mais um acusado de decapitar adolescentes é preso

Por Ruan Melo


Lequinho foi detido em Lamarão do Passé
A polícia prendeu na madrugada desta quinta-feira (30), Alex Santos e Silva, 21, o “Lequinho”, um dos acusados de matar e decapitar as adolescentes Gabriela Alves Nunes, 13, e Janaína Cristina Brito Conceição, 16, no dia 19 de novembro.
Lequinho foi detido em Lamarão do Passé, distrito do município de São Sebastião do Passé, e levado para a Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE), nos Barris. Ele é o quarto suspeito detido pela polícia. Além dele, já foram presos Jarbas Cristiano Chaves de Souza, Adriano Silva Nunes e Danilo Rocha de Carvalho. Vítor Santos de Almeida, o Branco, morreu em uma ação policial. Os agentes agora estão em busca do último suspeito, Risovaldo Hora Costa, 20, o ‘Riso’.
O crime – As adolescentes foram mortas após fugirem de casa no bairro de Engenho Velho de Brotas para a localidade de Nova Divineia, no IAPI. De acordo com a investigação, as meninas foram torturadas e decapitadas. Os corpos foram abandonados na Avenida San Martin para despistar a polícia.
http://aqueimaroupa.com.br/?p=34658

04.01.2011 - "Riso" nega ter participado de decapitação de adolescentes

Reconstituição do crime será feito, mas ainda não tem data marcada
Redação CORREIO

O último preso acusado de envolvimento com a decapitação de duas adolescentes na Nova Divinéia, Risovaldo Hora Costa, o Riso, de 20 anos, negou nesta terça-feira (4) ter qualquer participação no caso. Ele admitiu porém que conhecia Gabriela Alves Nunes, 13 anos, e Janaína Cristina Brito Conceição, 16 - ele teve um curto relacionamento com esta última.
Segundo Riso, ele conheceu as meninas no dia 18 de novembro, quando elas fugiram de casa - e, portanto, elas não teriam ido ao seu encontro no bairro, como foi sugerido por testemunhas. Em seu depoimento, o acusado disse que não tinha nenhum conhecimento das duas até que as viu passeando pela Nova Divinéia e paquerou Janaína, que passou a noite na sua casa. Gabriela teria dormido na casa de uma mulher da comunidade.

Risovaldo negou que tenha decapitado Janaína ou Gabriela
No dia seguinte, segundo ele, foi chamado por Vitor Santos Almeida, o "Branco" para um local onde as duas adolescentes estavam desmaiadas, agredidas a pedradas. "Branco" também teria se envolvido com Janaína. Ele disso a Riso que as garotas eram "alemãs", ou seja, inimigas - a desconfiança era de que as duas tinham relação com traficantes rivais e estavam armando uma emboscada para o grupo. Riso disse que tentou impedir que as jovens fossem executadas e fugiu do local ao perceber o que ia acontecer.
Riso era o único envolvido diretamente no crime ainda foragido. Alex Santos e Silva, de 21 anos, mais conhecido como 'Lequinho', foi localizado em Lamarão do Passé, distrito do município de São Sebastião do Passé, a 58 km de Salvador, no último dia 30 de dezembro. Lequinho contou detalhes do crime e admitiu a participação. Outros quatro envolvidos já foram presos. "Branco" foi morto em uma ação da polícia em Itaparica.
Mesmo com a prisão de Riso, a polícia ainda procura um homem não identificado, que teria dirigido o veículo que foi usado para levar os corpos das adolescentes até a avenida San Martin, onde foram abandonados. Uma reconstituição do crime será feita com os acusados, segundo a polícia, mas ainda não há data marcada.
http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-1/artigo/riso-nega-ter-participado-de-decapitacao-de-adolescentes/


25/04/2011 -Jovem envolvido no caso das decapitadas é executado em Arraial do Retiro

Risovaldo Hora Costa, conhecido como "Riso", foi inocentado pela morte das meninas e foi apontado como namorado de uma delas


Foto: Almiro Lopes/Arquivo CORREIO
Risovaldo foi morto com vários tiros
Anna Larissa Falcão | Redação CORREIOanna.falcao@redebahia.com.br
Um dos nomes envolvidos na brutal decapitação de duas adolescentes em novembro do ano passado foi encontrado morto neste final de semana. Risolvado Hora Costa, 20 anos, apontado como ex-namorado de uma das jovens, foi executado a tiros no início da noite deste domingo (24).
Conhecido como "Riso", ele foi encontrado com as mãos amarradas às costas e levou diversos tiros na cabeça, nas costas e no tórax. A polícia acredita que ele foi vítima de execução. Segundo a 23ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), o corpo de Riso foi encontrado em um matagal no Campo do Águia, no Arraial do Retiro.
A delegada Francineide Moura, da Delegacia de Homicídios, confirmou nesta segunda-feira que se trata realmente de "Riso". A polícia ainda não tem pistas sobre quem matou Riso.
Decapitação em Nova Divineia
Risovaldo chegou a ser preso por envolvimento na morte de Gabriela Alves Nunes, 13 anos, e Janaína Cristina Brito Conceição, 16 anos, decapitadas na Nova Divinéia em 19 de novembro. Risovaldo foi liberado após as investigações concluírem que ele não havia participado das mortes e era inocente, tendo somente testemunhado o crime.

Segundo depoimentos à polícia, Risolvado contou ter sido chamado ao local onde as meninas foram decapitadas para ser humilhado por Lequinho, apontado como mandante do crime, por ter namorado uma delas, Janaína Cristina Brito Conceição, 16 anos.

A Polícia Civil encaminhou ao Ministério Público estadual o inquérito sobre a decapitação das adolescentes e os envolvidos no crime foram denunciados pela prática de homicídio triplamente qualificado.

Os acusados são Alex Santos e Silva, 21 anos, mais conhecido como  'Lequinho', Danilo Rocha de Carvalho, 18, conhecido como 'Cacaroto', Jarbas Cristiano Chaves de Souza e Adriano Silva Nunes. Vítor Santos de Almeida, o 'Branco', morreu em uma ação da polícia.